O artigo de Paulo Soares de Pinho, no Diário Económico, Eficiência, começa assim: "Um dos “factos” estilizados mais propagados entre nós é o de que o sistema bancário português, não apenas é um dos sectores mais desenvolvidos do país, como nada tem a dever aos seus pares europeus. " Pois é. A surpresa é, esse facto, não corresponder à verdade. E existem estudos que o comprovam. Um recente, da consultora Arthur D. Little entitulado “Cost Efficiency of Leading European Banks” posiciona Portugal no 14.º lugar em 15 países. O articulista aponta(o bold é meu):
"Este estudo centra-se na análise dos rácios custo/proveito dos diferentes bancos, calculados segundo uma metodologia homogénea e sistemática, que anula os aspectos mais criativos utilizados na contabilidade bancária. Ou seja, retirados certos “efeitos especiais” de tipo mais “cinematográfico”, verifica-se que os grandes bancos portugueses não conseguiram acompanhar o enorme esforço de melhoria da eficiência que foi seguido pelos seus pares espanhóis. Este aspecto contrasta com as elevadas margens que a banca nacional regista nos mercados de depósitos (entre as maiores da Europa) e as sucessivas subidas de comissões. O que significa que o problema não estará nos preços praticados, os quais se situam ao nível (e nalguns casos acima) do praticado no resto da Europa, mas sim na estrutura de custos e na capacidade de lançamento de mais e melhores produtos que aportem valor para o cliente. No que diz respeito aos custos, os bancos portugueses enfrentam claras desvantagens ao nível da distribuição, com redes de balcões sobre-dimensionadas para a dimensão da população. "
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