21 de fevereiro de 2008

Obama fará com os EUA saiam do Iraque em 2009

Hillary Clinton não perdeu ainda as primárias (esperemos, para ver o que sucede em 4 de Março) mas nos EUA a ênfase é colocada, já, por todos, no confronto Obama versus McCain. Eu, da minha parte, vou-me preparando para "descobrir" todas as virtudes de Obama, pelo menos, no quadro desse confronto. Mas continuo a ter sérias dúvidas. O que se segue, não as dissipa.



Vejam estes dois artigos da The Nation (esquerda): 'End the War in 2009' e Is Iran Winning the Iraq War?. O primeiro dá conta do facto de Obama se ter comprometido, publicamente, em fazer sair os EUA do Iraque, em 2009; o segundo refere a influência do Irão no Iraque - (que, não é, aliás, novidade para quem tenha acompanhado os artigos de Paulo Casaca na imprensa regional sobre a situação no Iraque).



A conjugação das duas coisas o que é que dá? Mesmo que Obama estivesse convicto, que poderia fazer isso, em 2009, sem perigo para o seu país (e já agora, para todos nós) - que a influência do Irão, no Iraque, é irrelevante, ou, será tornada irrelevante, no curto prazo - não o deveria tê-lo feito, por motivos de ordem táctica, para não reduzir a sua margem de manobra - em termos militares e políticos, os momentos da retirada são muito melindrosos. Ou trata-se de mero expediente, de promessa a não cumprir, para capitalizar, neste momento, nas primárias, o descontentamento da população norte-americana em relação à guerra - se for o caso, é mesmo de político (tradicional); se não for, é caso de quê? Do modo e da habilidade, que em qualquer caso, a saída (inevitável) do Iraque irá ser gerida por uma Administração Obama?



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