9 de abril de 2008

Infraestruturação: experiências diferentes

Os números sobre o processo de infraestruturação chinesa são impressionantes. Estes números foram retirados de um artigo de Manuel Ramos, Século XXI, o século da China, no DiarioEconomico.com. Excerto do artigo:



  • "Admite-se que 3% de crescimento gera 7% de movimento de mercadorias suplementar. Os 11% de crescimento médio da China equivalem seguramente a aumentos globais de tráfego superiores a 20%, origem de diversos estrangulamentos nomeadamente entre zonas de produção e portos. Juntemos a esta situação quase 20 milhões de automóveis particulares, inexistentes há uma década, e podemos concluir que estamos perante uma situação, no mínimo, difícil.
    A resposta das autoridades chinesas a esta questão, foi tentar resolver simultaneamente toda a problemática, construindo portos, aeroportos, pontes, estradas, caminho de ferro convencional e de alta velocidade.Actualmente cerca de 400 mil milhões de euros serão gastos na execução destas infra-estruturas até 2012. Este número, obtido através da agregação de diversos planos e projectos, é seguramente inferior à realidade, dada a multiplicidade de alíneas orçamentais, autoridades e organismos responsáveis, bem como a uma certa opacidade tradicional da administração chinesa. Esta soma de per si gigantesca, não inclui todo um conjunto de infra-estruturas menores como rodovias e ferrovias tradicionalmente da responsabilidade dos diversos níveis de administração como regiões, províncias e cidades, todas com competência na área económica. Estas infra-estruturas serão origem de novas zonas industriais e de logística que terão na economia chinesa um forte efeito multiplicador.
    A modernização e construção de 70 mil kms de linhas férreas, o que tornará, nomeadamente via electrificação, a rede chinesa de mercadorias uma das mais eficazes do mundo, já hoje aliás é o caminho-de-ferro que transporta mais toneladas por km de via. Pequim e Xangai estarão em 2012 ligadas por uma linha de alta velocidade em que circularão comboios tipo TGV de tecnologia chinesa.Em termos de portos é de assinalar a mega-estrutura de Xangai - Ningbo, já hoje o primeiro porto do mundo, estando em construção por cima do Delta uma ponte de cerca de 30 kms que encurtará a distância entre estes dois portos em cerca de 120 kms, permitindo o ‘transhipment’ rápido de mercadorias. A rede de auto-estradas prevista, que atingirá os 60.000 Km estará pronta em 2010. A construção e modernização de vários aeroportos internacionais, cerca de 120, tornará a China, segundo algumas projecções, o primeiro mercado mundial de transporte aéreo em 2020. "

Enquanto isso, nos EUA, ver de FT.com / Comment & analysis / Comment - Infrastructure is America’s best investment um excerto:

  • "The American people deserve railways as good as Europe’s, ports that work as efficiently as modern Asian port facilities and public schools that are not in ruins. The Economist reports that China will invest $200bn in its railways between 2006 and 2010 – the largest investment in railroad capacity by any country since the 19th century – in addition to having built 53,000km of expressways since the 1990s. It plans over the next 12 years to construct 300,000km of rural roads, as well as 97 new airports.
    Here, according to the Brookings Institution, congested roads, in 2005 alone, cost $78bn in lost productivity and higher freight charges. There will be some who will say we cannot afford to meet our infrastructure needs, that our budget deficits are too large and our borrowing is too great. The reality is we cannot afford not to do this. Every year we delay will cause additional deficits and losses in productivity and employment. One of the most basic accounting concepts is the difference between capital investments and operating expenses. It is true our operating deficit is excessive and possibly out of control, much of it because of the war in Iraq.
    But our capital investments are woefully ­inadequate. To compete in the global economy, improve our quality of life and raise our standard of living, we must rebuild public infrastructure. It is with urgency that our commission has called on members of Congress, from both sides of the aisle, to begin this process by approving the National Infrastructure Bank Act of 2007. We hope they will follow in the footsteps of great American leaders who adopted a fresh perspective on our national wealth and how to increase it."

E quanto ao futuro, qual será a infraestruturação necessária e com que efeitos: ver excerto da Open Left:: Economic Meltdown Politics: George Soros Suggests Carbon Reduction Investments:

  • "In terms of further prescriptions, he thinks we need to minimize the downturn by seeking to limit foreclosures in the short-term. In the longer term, he believes that the American consumer will no longer be acting as the key driver of the global economy (the 'mortar'). The next driver of demand, or the next 'mortar' of the global economy, should be infrastructure investments necessary to reduce and reverse global warming. There's trillions of legacy infrastructure that needs to be overhauled, and that's the only way we're going to find a new global equilibrium."

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