Diz o Canhoto: Rankings, escolhas e selectividade
Rankings, escolhas e selectividade
1. [ler o resto dos argumentos no seu apontamento] Classificar as escolas (rankings) a partir das notas dos seus alunos constitui exercício intelectualmente desonesto [...].
Qualificaria o meu acordo com a nota do Canhoto com dois reparos: em primeiro lugar, reescreveria aquilo que se diz acima do seguinte modo: " Avaliar as escolas (rankings) só a partir das notas dos seus alunos constitui exercício intelectualmente desonesto"; em segundo lugar, a avaliação dos resultados educativos em Portugal peca por ser deficiente, e muito deficiente, no que respeita à sua caracterização estatística. Digo isto, porque a discussão não incide na necessidade daqueles resultados serem complementados com mais informação estatística, mas na inoportunidade e na incorrecção de serem divulgados, quando as notas dos alunos devem ser um dos elementos imprescindíveis daquela avaliação.
Tudo precisa de ser avaliado em Democracia, e para que essa avaliação seja adequada, transparente, e eficaz, é necessário que seja sustentada por abundante, diversificada e ampla informação estatística. Um dos problemas graves da actividade do Estado em Portugal, é que ela não se quantifica bem. A esse propósito, uma pequena história:
"Quando entrei para a Direcção Geral da Administração Pública, por volta de 1987, uma das coisas que me foi dita, para minha grande perplexidade, é que a Administração Pública não conseguia saber com exactidão o número dos funcionários públicos existentes em Portugal, apesar do esforço continuado e anual daquela Direcção Geral. Há alguns anos a esta parte, soube pela comunicação social que o problema não estaria ainda resolvido, a contrario, aliás, do que se passava, e passava muito bem, na Administração Pública Regional dos Açores." A minha perplexidade continua, mas tenho as minhas conjecturas sobre o motivo - um destes dias volto ao assunto.
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