Os partidos que estão exangues, disso não haja dúvida - bem, sejamos precisos: não conheço o que o Bloco de Esquerda faz. E os sintomas disso poderão passar também por aquilo que diz Pedro Adão e Silva, mas não está aí o "grosso da coluna". Quanto aos independentes nunca coloquei em causa a sua utilização na governação, mas a sua instrumentalização pontual e de marketing eleitoral, na ausência de um trabalho continuado com eles ao longo do tempo. Mas claro, se não trabalham com os militantes, porque razão iriam trabalhar com os simpatizantes independentes.
"Um governo com mais mulheres aproxima-nos da norma europeia, mas há uma outra dimensão que nos afasta: os ministros independentes. É verdade que a entrada de novos ministros, recrutados fora da esfera partidária e governativa, revela capacidade de atracção, quando se temia que ela já não existisse. Mas, acima de tudo, esconde um conjunto de fragilidades do sistema partidário português. Fragilidades que, em lugar de serem contrariadas, são reforçadas. Os independentes tendem a revelar-se, com excepções, casos problemáticos de inabilidade política (risco que é maior quando não há maioria absoluta). Mas são essencialmente um sintoma de fraca institucionalização dos nossos partidos.[...]"
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