4 de novembro de 2009

Para que conste ....

É nestas ("pequenas") coisas, como a referida abaixo, que se evidencia melhor as deficiências de todo o tipo de "alguma" classe política portuguesa, com uma actuação sobredeterminada pelo tacticismo mais tacanho: (por ausência de valores, e incapacidade, e desconhecimento de como se faz , e se pode fazer de modo diferente: o ataque às sondagens é expediente táctico e muleta de trabalho político medíocre).


"O relatório feito por uma comissão nomeada pela ERC para fazer um 'diagnóstico sobre a situação das sondagens' foi divulgado há duas semanas. [...]. 

A primeira coisa que queria notar é o silêncio sepulcral com que as conclusões desse relatório foram recebidas, com excepção de meia-dúzia de notícias divulgadas no próprio dia. Esse silêncio era expectável, mas não por isso menos instrutivo. Nos últimos meses, foram muitas as dezenas de comentadores, políticos e bloggers, dos mais inteligentes e informados até aos semi-analfabetos, que acharam que tinham coisas interessantes e importantes para dizer sobre as sondagens, os institutos que as fazem, os seus resultados, os seus métodos e as suas consequências. 

Passadas as eleições, e havendo informação produzida por uma fonte independente quer dos partidos quer dos institutos de sondagens, verifica-se que quase ninguém tem nada para dizer sobre o assunto. Só se podem tirar duas conclusões. Ou todas estas pessoas foram atingidas por uma súbita falta de tempo e disponibilidade para pensar no assunto, ou então a esmagadora maioria desses comentários - com raríssimas excepções - não foram feitos por pessoas interessadas nas sondagens, na sua qualidade ou nas suas consequências. Foram feitos com motivações estrita, única e exclusivamente políticas. Não é que não se soubesse, mas é bom dispormos agora da prova categórica."

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