2 de março de 2010

Notas sobre a economia portuguesa

Existe um novo blogue português dedicado à nossa economia: The Portuguese Economy - tem como colaboradores economistas nacionais que escrevem em inglês, como modo de serem lidos lá fora. Referencio as notas de que gostei mais:

The Portuguese Economy

  • The Portuguese Economy: Data on Portugal "The deficiencies concerning the production and distribution of data have an important impact on the quality of the discussion of many topics in Portugal, including economics. So this is a field where institutional reforms and investment are needed." Obviamente que isto se aplica à Região.
  •  The Portuguese Economy: Tying our hands is not enough "[...] There were great expectations for the long run [com a entrada no Euro]. Price stability and low interest rates would favour a better allocation of resources and promote higher rates of economic growth. Additionally, microeconomic long run efficiency gains, namely more efficient labour and capital markets, were also expected – the integration in one of the most competitive regions of the globe was expected to trigger the structural changes that would make the Portuguese highly productive. However, as Álvaro’s post shows, tying policymakers’ hands was not enough to reach those long run objectives. Something is missing."
Aspectos a ter também em conta, e que não negativos:
  • A economia é fixe - Opinião - DN: "Portugal tem problemas político-institucionais e grave situação financeira, com dívida crescente ao estrangeiro. Uma das poucas coisas que sustentam a situação é a economia, que está muito mais saudável do que se diz. Há velhas distorções e atrasos, mas elas não explicam o mal, porque já cá andavam quando a situação era boa. Vivemos uma recessão conjuntural e o desemprego disparou, como em qualquer economia saudável, mas apesar disso o aparelho produtivo vive um intenso desenvolvimento e reestruturação, que passa despercebido no meio da trovoada."
  • O mal e as aldeias - Opinião |António Perez Metelo| DN: "Predominam as afirmações avulsas, geralmente não quantificadas, de que os sacrifícios a exigir aos portugueses terão de ser terríveis. Mas elas não se dão ao trabalho de ao menos discutir o impacto dos mecanismos estabilizadores do Orçamento, que passaram a funcionar de há uns quatro anos a esta parte. A saber: 1) o grosso das despesas sociais - as pensões de reforma - cresceu agora de forma muito mais moderada, já que estas foram 'atadas' ao desempenho real da economia (taxa de crescimento real do PIB) e ao factor de sustentabilidade (ajustamento anual ao aumento da esperança média de vida); 2) as despesas com pessoal do Estado têm vindo a diminuir graças à regra de 'uma só entrada por cada duas saídas'. Juntemos a isto um crescimento real acumulado do PIB de 6,5% até 2013 - o que implica uma progressão moderada de 2%, em 2012 e 2013 (mal de nós, se nem isso conseguirmos!): com esse impulso, o peso das receitas no PIB (sem aumento de impostos!) vai assegurar, no mínimo, o regresso à situação de 2008." 
Para quando a grande iniciativa para obter ganhos de eficiência (significativos) na Região, na sua adminsitração pública, e no seu sector empresarial?

  • Competitividade e PEC | Vítor da Conceição Gonçalves|Económico: "Um estudo publicado muito recentemente, pela PWC, sobre actuações estratégicas de empresas, a nível mundial, relata algumas conclusões interessantes. Quando se pergunta aos presidentes das empresas que actividades de reestruturação levaram a cabo o ano passado e quais as que planeiam iniciar em 2010, a ênfase na eficiência tem predominância nas respostas, pois 69% dos CEO planeiam iniciativas de redução de custos. Quando se questiona sobre os planos de investimento para os próximos três anos, 78% dos responsáveis referem iniciativas para realizar eficiências de custos. Investimentos em desenvolvimento de talentos, em pesquisa e desenvolvimento, em desenvolvimento de novos produtos, em infra-estruturas tecnológicas, vêm a seguir nas opções a implementar." 
 Documento a ler: 
  • S E D E S : "Documento de Grupo de Reflexão da SEDES: Estabilidade e crescimento 10-13 17-02-2010 Estabilidade e crescimento 10-13 Este é um ano de viragem em que deixamos, lentamente, para trás uma das mais severas crises económico-financeiras que afectaram o mundo desenvolvido. Todos os países procuram iniciar uma nova página nas suas políticas económicas e orçamentais. Em Portugal, o Orçamento para 2010 foi uma oportunidade perdida e os mercados internacionais penalizaram severamente a falta de ambição da politica orçamental para este ano. O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) terá, assim, que mostrar determinação do Governo e do País na resolução dos problemas económico-financeiros ao longo de 4 anos. O PEC será não só avaliado em Bruxelas mas também rigorosamente escrutinado pelos mercados."  via DIVAGANDO: A TRIPLA INCAPACIDADE.

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