11 de fevereiro de 2011

Trabalho e Educação

São três peças: uma sobre o mercado do trabalho; as outras duas sobre a educação,mas estão todas ligadas.

A primeira é a entrevista feita pelo Público ao economista Mário Centeno sobre a situação do mercado de trabalho em Portugal - fui alertado para a entrevista pela The Portuguese Economy. Importa ler, mas dever-se-ia ler com a seguinte atitude: não concordando com as soluções - serão apelidadas a priori, por muitos, como neo-liberais - ter a honestidade intelectual de não ignorar os problemas apontados. Ou se se prova que são falsos problemas, ou se se tem soluções alternativas, ou se se  permanece na dúvida incómoda. Permanecer na dúvida incómoda é uma atitude de coragem intelectual. Mas, repito, nunca varrer as questões para baixo do tapete, ou, dito doutra maneira, não sobrepor "a análise concreta da situação concreta" - sim, eu sei, mas digo-o, com ironia, mas de modo sério - aos apriorismos morais e ideológicos de cada um.

A segunda dá conta de estudos nos EUA sobre as implicações sociológicas e económicas das evolução regressiva mais recente da frequência universitária naquele país. O que se refere cruza com a discussão que existe cá, sobre a importância de frequentar a Universidade, questão que, redutoramente, é funilizada , quase sempre, só para o problema, importante, claro, mas não único, da empregabilidade.

A terceira é também sobre aquele país, e aponta a importância da inovação no sistema educativo, e os requisitos que devem ser cumpridos para aquela inovação ser potenciada, acrescendo a eficácia do sistema. Como era de esperar vem a validar coisas que se dizem em Portugal, a contrario dos sindicatos dos professores.


Temos leis laborais feitas para proteger o emprego e a maioria das pessoas não se sente protegida. Temos metade da população activa com excesso de direitos e a outra metade sem nenhum. Temos subsídios de desemprego generosos mas apenas para uma elite. Chegámos aqui porque entre os direitos adquiridos e o caos ninguém propõe nada. Mário Centeno diz que não é falta de compreensão dos problemas, é apenas medo das reacções (Tereza de Sousa)

O debate sobre a reforma do mercado de trabalho é um daqueles casos em que parece ser impossível uma reflexão séria, de tal modo pesam as ideias feitas. A intuição que temos é que os resultados não correspondem aos objectivos pretendidos pela lei, mas que ninguém se importa com isso. Por que é que isto acontece?

As leis laborais, tal como existem em Portugal, reflectem aquilo a que nós, os economistas, chamamos economia política do debate e das decisões - é o votante mediano que, em última análise, decide para que lado é que alteramos a nossa legislação. Fiz parte da última Comissão do Livro Branco das Relações Laborais [lançada em 2006] que preparou a alteração do Código Laboral. Curiosamente, estava rodeado de juristas, não havia mais nenhum economista...

Isso também explica muita coisa...

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It is now generally understood that economic inequality has expanded greatly since about 1970. ....

Most of that discussion has been about income inequality. Between 1979 and 2007, the one-fifth of American households with the highest income experienced a roughly 100% increase in their annual, inflation-adjusted, after-tax income (280% [!] for the highest one percent of households); the middle one-fifth got about 25% more income; and the poorest one-fifth got about 15% more (see pdf). For wealth – property, stocks, and the like – the gap is enormously greater and has also widened over the last few decades .....

Less discussed is the widening college degree gap. Yet its implications go considerably beyond money, to widening differences in life experiences and ways of life. ....

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In April, McKinsey & Co. released a study on the lamentable state of American education. .... it monetizes the costs of the “achievement gap”– the spread in educational outcomes between different groups of students. The results were stunning. The international gap, between U.S. student performance and the academic achievement of the top performing education systems in the world (like Singapore and Finland), costs the country between $1.3 and $2.3 trillion annually, while the domestic gap, between low-income kids and their higher-income peers, costs the country between $400 billion and $670 billion each year. ....

The McKinsey report is only the latest in a string of dismal findings. So why are so many people in the education field today feeling so optimistic about the future? The answer is innovation. A wealth of objective evidence gathered from individual classrooms, schools, and even districts and states show that better results are being delivered to many low-income kids thanks to successful local innovations. Indeed, in many high-poverty schools, we increasingly see differentiated results for similarly situated kids. While the average American public school experience looks largely the same as it did 50 years ago, individual teachers and schools trying innovative programs and measuring outcomes abound.

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