Diversas leituras sobre a China. O que se passa na China e a capacidade de descortinar para onde ela vai, é um exemplo acabado da coexistência possível de diversas narrativas, todas elas comportando uma dada adequação à realidade, um dado nível de verdade, quando a realidade em presença é substancialmente complexa. A conjugação destas leituras ilustra bem esse ponto. A regra a retirar é a da necessidade de tentar sempre obter um vector que considere todas essas narrativas.
Aliás, e a este respeito, chamo a atenção para um livro que li recentemente (compra na Feira do Livro, em Ponta Delgada) sobre o papel da China na globalização: Fast Boat to China, High-Tech Outsourcing and the Consequences of Free Trade, Andrew Ross, Vintage Books. Ele chama a atenção para o elementar facto, a esmagadora das vezes esquecido, da globalização ser impulsionada, determinada e defendida, em primeiro lugar e principalmente, pela estratégia das multinacionais dos países desenvolvidos, e para o facto dos trabalhadores e o governo chinês terem disso uma aguda consciência, que deve integrar como elemento importante a explicação da sua resposta e aproveitamento das possíveis potencialidades do fenómeno.
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