8 de novembro de 2011

Opinião pura e dura, de economista, como se diz num comentário, mas que tem de ser tida em linha de conta ...

Ao fim, tem um quadro com as horas trabalhadas no sector público e privado nos países da OCDE. Não consegui transcrever bem o texto, pelo que aqui só vai o seu esqueleto: recomendo a leitura integral.

As fortes reacções à redução, prevista na proposta de OE para 2012, na massa salarial da função pública não devem passar despercebidas. O tema merece atenção e deve ser debatido sem enviesamentos emocionais ou interesseiros. O que está em causa é muito importante. Se isto não for bem entendido e considerado, a pretexto de garantir a equidade nos sacrifícios, podem repetir-se erros graves semelhantes aos do passado recente. Tentar equilibrar os cortes salariais nos sectores públicos e privado, pode conduzir-nos a uma armadilha perigosa: prejudicar a reorientação da economia para um modelo mais produtivo e eficiente. A proposta de concentrar os cortes no sector público, poupando os trabalhadores do sector privado, tem fortes fundamentos económicos e deve ser implementada sem hesitações ou correcções que a desnaturem.São três as razões que fundamentam esta opção. Todas elas militam em favor do que deve ser agora o principal desígnio dos decisores políticos: o aumento da capacidade de crescimento do país. 
Primeiro: compensar o deficit de tempo de trabalho no sector público
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Segundo: aumentar o excedente económico apropriado pelo sector privado
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Terceiro: sustentar a oferta de trabalho e a competitividade do país
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Advertências:
1. A análise aqui desenvolvida não envolve julgamentos morais sobre os servidores públicos. 2. O facto de serem funcionários públicos – e defrontarem um corte de 25% dos seus rendimentos anuais - impede demasiados de enxergar e afirmar o acerto económico da redução autónoma dos salários no sector público. Não deveria ser assim e, sendo funcionário público, não é o meu caso.

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