Um dos colaboradores da Open Left critica Hillary Clinton (aqui) por ter aplaudido, de pé, a passagem do discurso de Bush sobre o Estado da Nação, no Congresso, onde ele refere o sucesso da ofensiva feita este ano no Iraque. Não acompanho a crítica - fui sempre contra a (segunda) invasão do Iraque; tenho presente toda a incompetência com que foi conduzida a sua sequela; neste momento, já não tenho dúvidas sobre todo o leque de motivações, desta administração, que a determinaram; tenho dúvidas da sustentabilidade dos resultados da ofensiva; mas, trata-se agora (a partir de 2009) de resolver o disparate e assumir todas as responsbilidades que decorrem do mesmo - efectuar um efectivo "control damage". Sair, sem inteligência, do Iraque poderá ser tão mau com lá ter entrado, sem inteligência - e os erros duns, não são virtudes dos outros.
Hillary Clinton, para ser eleita Presidente, e cumprir aquela tarefa, necessita de não falhar nestes pormenores de aplaudir ou não, conforme as circunstâncias, dados aspectos da guerra do Iraque (mesmo que corra o risco de perder votos nas primárias). A atenção que deu aos assuntos militares durantes os seus mandatos como senadadora; o seu voto a favor da guerra (nas circunstâncias, com o seu trajecto traçado, não poderia deixar de o ter feito - fica, no entanto, a dúvida: acreditou, mesmo, na bondade da argumentação em seu favor, expendida pela administração Bush?); a atitude acima referida - tudo isso, concorre, também, a meu ver, para a conclusão de ela ser a melhor candidata democrata. O mundo, neste momento, a última coisa que necessita, na Presidência dos EUA, é uma segunda versão de Jimmy Carter - (senhor, aliás, de quem gosto imenso).
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