8 de janeiro de 2008

Jornalismo político

Não me esqueço da perplexidade com que acompanhei a cobertura que a comunicação social continental fez das anteriores eleições legislativas nos Açores. Ela ia toda no sentido de considerar que as possibilidades do PS não eram boas. Não entendi, na altura, essa quase (?) unanimidade que, depois, nas urnas, se revelou, como se esperava, errada. Obviamente, nunca pus a possibilidade de haver uma qualquer actuação menos profissional por parte desses jornalistas - aceitei, isso sim, ter-se formado (ter-me-á sida sugerida tal como explicação), naquele grupo de pessoas, profissionais do mesmo ramo, deslocadas, conhecidas e convivendo entre si, um consenso, uma "conventional wisdom", sobre aquilo que iria suceder nas eleições: derrota do PS ou, perda da sua maioria absoluta, não havendo nada que os demovesse daí. Penso, no entanto, que a qualidade do seu trabalho foi superior à que se verifica, neste momento, nos EUA, a fazer fé, nos comentários (acerbos) de Glenn Greenwald, da Salon - ver as ligações a seguir. Aqui, as dinâmicas de grupo actuam, de modo acentuado, e com resultados muito enviesados.

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