O The Daily Galaxy refere, em New Habitable Planets in Space, o que Francis Drake, o cientista da "Equação de Drake" (1), tem vindo a dizer, mais recentemente, sobre a revisão das probabilidade de haver planetas habitáveis, e nestes, de haver vida inteligente e civilizada. A nossa galáxia tem cerca de 400 mil milhões de estrelas; já se detectaram mais de 200 planetas extra-solares (277 - ver aqui) - o que melhorou a perspectiva de haver planetas com aquelas características . Francis Drake estima que haverão entre 1.000 a 100 milhões de civilizações avançadas na nossa galáxia.
Bem gostaria que essas estimativas se viessem a revelar como verdadeiras, mas não sei - existem cépticos que colocam em cima da mesa a possibilidade da vida, e, em particular, a vida inteligente, e, dentro desta, vida civilizada, serem extremamente raras. A Terra, o conjunto de factores que possibilitaram a ocorrência de vida e de vida inteligente nela, seria um caso que se verificaria poucas vezes: existe um livro expressando essa tese tendo como título exactamente esta designação, Rare Earth. A implicação desta tese é que, não negando a possibilidade da existência de vida extra-terrestre e extra-solar, a sua raridade, faria com que, em termos práticos, tendo em conta as dimensões da galáxia, para não falar do Universo, estivessemos sózinhos e isolados, ficando assim resolvido o "Paradoxo de Fermi" (ver também aqui) - se existem extra-terrestres civilizados porque é que não apareceram ainda?
Uma outra hipótese de solução, partilhada por alguns astrónomos, que conciliaria a ocorrência de civilizações extra-terrestres avançadas com o "Paradoxo de Fermi", seria da galáxia só há relativamente pouco tempo ter possibilitado as condições para o aparecimento daquelas - estaríamos na fase da emergência de civilizações solares e, por isso, nem seríamos os primeiros (evento de probabilidade reduzida), nem teríamos sido visitados, quer por não houve tempo para isso e/ou a densificação dessas ocorrências ser ainda reduzida (potenciando a importância das distâncias). Em alternativa a tudo isto, teríamos a hipótese de estarmos de quarentena galáxica - tema de muita FC - enquanto não atingirmos o nível adequado de civilização.
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(1) A Equação de Drake é formulada como segue: N= R* x fp x ne x fl x fi x fc x L
Onde:
N é o número de civilizações extraterrestres em nossa galáxia com as quais poderíamos ter chances de estabelecer comunicação.
e
R* é a taxa de formação de estrelas em nossa galáxia;
fp é a fração de tais estrelas que possuem planetas em órbita;
ne é o número médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento de vida por estrela que tem planetas;
fl é a fração dos planetas com potencial para vida que realmente desenvolvem vida;
fi é a fração dos planetas que desenvolvem vida que desenvolvem vida inteligente;
fc é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente e que têm o desejo e os meios necessários para estabelecer comunicação;
L é o tempo esperado de vida de tal civilização.
fp é a fração de tais estrelas que possuem planetas em órbita;
ne é o número médio de planetas que potencialmente permitem o desenvolvimento de vida por estrela que tem planetas;
fl é a fração dos planetas com potencial para vida que realmente desenvolvem vida;
fi é a fração dos planetas que desenvolvem vida que desenvolvem vida inteligente;
fc é a fração dos planetas que desenvolvem vida inteligente e que têm o desejo e os meios necessários para estabelecer comunicação;
L é o tempo esperado de vida de tal civilização.
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