27 de maio de 2008

Em que é que estamos de acordo?

António Carrapatoso em Candidato a primeiro-ministro - DiarioEconomico.com discute (propõe) os objectivos que o próximo lider do PSD tem de assumir para se tornar credível como candidato a primeiro-ministro. É um artigo que deve ser lido na totalidade, mas o que é mesmo interessante, para mim, é aquilo que diz e se aplica a qualquer governante em termos de actuação face aos cidadãos; por outro lado, a elencagem que faz do que é necessário fazer em Portugal também é sugestiva (sem mais qualificações) - vejam (o ponto de interrogação é meu):
"... Esta visão e políticas têm que partir das necessidades e da vontade dos cidadãos.

Será sempre muito difícil para qualquer político propor acções e medidas relativamente às quais os eleitores sejam pouco favoráveis ou para as quais não se encontrem suficientemente preparados. Por isso o novo candidato a primeiro-ministro terá que interpelar directamente os cidadãos e desafiá-los para novos caminhos e projectos. ....

Há cada vez mais [?] portugueses que acreditam que:
- O enfoque das políticas públicas deve estar no cidadão,
na sua valorização e responsabilização. Pretende-se um cidadão menos dependente
do Estado, de um dado emprego ou patrão, mais senhor do seu próprio destino e
mais capaz de ser solidário.
- As políticas públicas devem partir de um novo modelo
social que explicite os direitos sociais, os serviços públicos e a rede de
protecção social que se pretende garantir, a quem, com que qualidade, de que
modo, e com que custos, e que todos teremos que assumir e suportar. Os
portugueses não aceitarão mudanças se não existir um modelo social sólido, que
realmente beneficie e proteja quem mais precisa, pouco sujeito a fraudes e
abusos, e que se constitua como principal elemento para a redistribuição da
riqueza.
- Deve existir uma aposta fundamental numa igualdade de
oportunidades para todos, assente desde logo numa educação e formação de
qualidade, sem exclusões, e que inclua o fim dos favorecimentos e posições
dominantes nos vários mercados, na área empresarial, no mundo laboral, no
aparelho do Estado, etc.
- A Sociedade deve estar aberta à discussão e ao desafio,
ser flexível e capaz de mudar, não subjugada, e não se esgotando no poder das
corporações políticas, económicas ou sindicais.

- O Estado tem que ser muito mais forte, eficiente e independente do que o
actual; desempenhar bem as suas funções de soberania, de garante dos atrás
referidos modelos sociais e igualdade de oportunidades, de regulador e
fiscalizador, promotor de um clima de enquadramento favorável à iniciativa da
sociedade civil, criando as condições para uma melhor e mais sustentável
qualidade de vida para todos. "

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