O artigo é interessante (A Oeste algo de novo - DiarioEconomico.com de Luís Silva Morais) e a tese, que se transcreve adiante, curiosa e merecendo reflexão:
"...Talvez signifique que a política estará para renascer sob novas formas, em função do novo ciclo económico em que vamos entrar. O que tende a caracterizar esse ciclo é uma crescente vulnerabilidade do sistema industrial e de serviços global. Na realidade, alguns especialistas em economia internacional admitem um paralelo entre as estruturas financeiras de “securitização”, que geraram a crise do ‘subprime’ – com uma disseminação incontrolada do risco – e as estruturas produtivas deslocalizadas e assentes em cadeias dispersas de vários agentes (com uma lógica absoluta de compressão de custos que leva as empresas quase a prescindir de ‘stocks’ de factores produtivos, confiando no seu fornecimento instantâneo a cada momento). Existirá aqui porventura uma excessiva dispersão de risco estratégico. Ora, a crise de subida de preços que se desenha quanto às matérias primas essenciais (energia, mas não só) e quanto aos produtos alimentares poderá significar a existência de limites económicos críticos para essa dispersão de riscos. A agravar essas tensões está a política monetária algo laxista dos EUA e a consequente desvalorização do dólar que gera pressões inflacionistas – através dos mercados cambiais e de fenómenos de especulação – sobre os preços das matérias-primas (em cujos mercados se estarão a formar bolhas especulativas que só conheciamos nos mercados financeiros e imobiliários). Em síntese, é todo um modelo económico que poderá estar a atingir os seus limites críticos. Neste contexto, o renascimento da Política, à esquerda e à direita, traduzir-se-á em encontrar novas respostas diferenciadas economicamente racionais e socialmente justas para refazer a “globalização”."
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