12 de dezembro de 2008

Episódio na ALRA

O Presidente da Assembleia Legislativa Regional cometeu, obviamente, "un faux pas", sem qualquer intenção política de desmerecimento da Assembleia e dos deputados: pretendeu tão-somente mostrar que domina os meandros estatutários da casa que dirige - ele é jurista. Enfim, sem comentário!

Em todo o caso, em política, mesmo os "faux pas" pagam-se, mas como em tudo, tem de haver bom senso - a proporcionalidade no pagamento - e o senso do ridículo - transformar o que se passou num mais exemplo do "fim do ciclo socialista"; ou - o deputado do PCP disse-o - o que se passou, resultou de uma combinação prévia com Carlos César: com que objectivo político, Santo Deus? (a não ser que o Senhor PGRAA quisesse, pura e simplesmente, brincar com a ALRA); ou ainda, o que disse a deputada do Bloco de Esquerda; e mais, e mais ... não lembraria ao Menino Jesus, mas lembra a muitos membros da classe política, exactamente, no momento, em que a RAA irá confrontar-se com uma conjuntura muito difícil, e onde deveria haver muito a discutir quanto às alternativas para enfrentar o que se avizinha.

O que é mais irritante no entanto, é ter a certeza que, mudando os papéis por hipótese de discussão: oposição ser governo; o governo ser oposição, e verificando-se o mesmo episódio, o desempenho seria idêntico.

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