5 de janeiro de 2009

Entrevista de Sócrates na SIC

Muito Bem! E ainda bem que temos Sócrates como Primeiro-Ministro, principalmente, neste momento - não quero com isto significar, no entanto, que Portugal consiga passar incólume a uma crise, de que não se conhece, nem a sua configuração, nem o seu momento final.




Algumas notas:








  • Ter em atenção todas as notas que abri no blogue hoje (foi por acaso). Enquadram bem aquilo que disse Sócrates sobre a crise;








  • Explicou bem a sua observação quanto ao bem-estar dos portugueses em 2009 (penso que falei sobre isso neste blogue mas, se falei, falei demais face à evidência que tinha);






  • Interessante a resposta sobre a dívida externa e a sua ligação à dependência e eficiência energéticas. Mais interessante teria sido (para mim; não para os objectivos políticos que prosseguiu na entrevista) que falasse de como se pode contrariar a determinante estrutural desse endividamento.





  • Verdadeira a afirmação sobre a situação do País no campo das energias renováveis e o reflexo disso no exterior (ver, por exemplo, aqui). E significativo também, é aquilo que um só Governo consegue, em três anos, nessa matéria, quando o Primeiro-Ministro não é um iletrado no assunto.





  • A grande vergonha da democracia portuguesa foi, efectivamente, deixar que a educação chegasse aonde chegou - onde chegou é documentado pela OCDE nas seus relatórios sobre a Educação (Education at glance).







  • Não sei se o PS irá ter maioria absoluta; tenho a certeza, contudo, se não o tiver, que será mau para Portugal - e isso explica, em última instância, a posição de Sócrates quanto ao Estatuto dos Açores (ou ainda não perceberam?).

PS: A crónica de hoje de Correia de Campos, sobre a mensagem do Presidente, serve de contraponto ao que acima se diz: ver em A suave mensagem Económico.

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