15 de fevereiro de 2009

Israel v. Palestina: um triste imbróglio










Os "60 minutos" da CBS troxeram uma reportagem sobre Israel, cuja tese principal é a da possibilidade da paz, através da solução de dois estados: Israel e Palestina, ser cada vez mais remota. Infelizmente, tudo aponta para isso.


A este propósito, as declarações da líder de um dos colonatos na Cisjordânia, nesse programa, sobre estarem a cumprir uma missão prescrita por Deus, são a imagem negra do fanatismo religioso, tão semelhante, na sua essência, a todos os outros fanatismos religiosos - qualquer ateu respeita mais Deus, objectivamente, "in absentia", do que qualquer fanático religioso, e muitos dos outros crentes.


A realidade daquele território está em devir acelerado (veja-se as implicações, a médio prazo, do facto da população árabe aumentar mais depressa do que a população israelita), e como em tudo, a história terá uma solução: tenho é medo dos custos da solução, para a região e para o resto do mundo, que vier a resultar de tudo isto.









Os gráficos acima foram retirados do segundo artigo referênciado e ilustram bem a situação no terreno (veja-se a implantação dos colonatos) e a percepção das pessoas:






PS: Einstein, apesar de apoiar a causa sionista, dizia em 1929: "Se formos incapazes de alcançar pactos honestos e chegar a uma cooperação honesta com os árabes então é porque não aprendemos absolutamente nada nos nossos dois mil anos de sofrimento" pp. 315, Einstein - a sua vida e universo, Walter Isaacson, Casa das Letras. Acrescentaria, que a incapacidade disso ser conseguido, levaria a décadas e décadas de conflicto. E chamavam Einstein de ingénuo!

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