Esta nota outubro» Arquivo » Para memória futura remeteu-me para este artigo de Fernando Rosas, Vírus - Seis teses sobre memória e hegemonia, ou o retorno da política. As duas notas falam da memória, da história, e de como, à volta delas, também, se articula o combate político. Devem ser lidas.
Transcrevo o início do artigo de Fernando Rosas:
"Os problemas que aqui desejo sinteticamente apresentar, respeitam à relação actual, isto é, nos debates hoje em curso, entre a luta pela Memória e o conceito de hegemonia que, para este efeito, pedi de empréstimo aos trabalhos de António Gramsci.
Na realidade, trava-se hoje na sociedade portuguesa, mas não só em Portugal, efectivamente em quase todas as sociedades do ocidente, um debate surdo mas crescente em torno da subsistência, da relevância ou dos conteúdos das memórias do século XX. E falo da Memória numa acepção mais vasta do que o discurso historiográfico, prévia em relação a ele, e necessariamente informante e estruturante dos seus conteúdos, sem com ele, no entanto, se confundir. Falo do património físico e documental, falo de representações, de testemunhos, de registos escritos, orais ou filmados, de vivências, daquilo com que se constroem os discursos sobre o passado, mas de que se alimentam as visões actuais. "
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