Ler o que Pacheco Pereira diz aqui: ABRUPTO [SE PORTUGAL FOSSE UM PAÍS A SÉRIO... (3)] "Se Portugal fosse um país a sério, não deixaria sequer um político balbuciar (como fazem no Bloco de Esquerda), face aos acontecimentos no Bairro da Bela Vista, que se trata de uma "questão social""
Entendamo-nos com a terminologia e com aquilo que se pretende afirmar.
Se, ao se apelidar de social o problema ocorrido naquele bairro, pretende-se dizer que a resposta de cariz policial não tem legitimidade, ou não tem legitimidade suficiente para ser autorizada a ter uma total autonomia táctica no estancamento do problema - a ordem pública deveria ser assegurada, defenderiam alguns (quase sempre de modo implícito), mesmo a nível táctico, sempre por uma acção mais ampla, integrando diversas componentes, das quais a policial seria somente uma, e, eventualmente, a não mais importante - então Pacheco Pereira tem toda a razão.
Os problemas de ordem pública, independentemente, dos erros de contexto que os originam, têm de ter, do ponto de vista táctico, uma resposta específica: policial e tempestiva. Por todos os motivos, mas em particular porque são um problema terrível para o conjunto das pessoas que convivem, de modo directo, com ele. E nisso, Pacheco Pereira continua a ter razão: quem mais sofre com os bandidos, são os vizinhos dos bandidos.
Agora, isso é um facto, que existem problemas de contexto, que são ignorados de modo sistemático, ao longo dos anos, e que ajudam, por isso, a criar um caldo cultural, e um subsistema "geográfico", que potencia esse tipo de problemas, disso não tenho dúvidas. O que não sei com certeza, é se esse acto de ignorar não é, do ponto de vista objectivo, mais do que um expediente de quem se convence que não há solução - porque não sabe, ou não quer esforçar-se por saber, ou não quer arriscar tentar outras soluções - ou se está nas tintas para o que possa suceder depois.
Entendamo-nos com a terminologia e com aquilo que se pretende afirmar.
Se, ao se apelidar de social o problema ocorrido naquele bairro, pretende-se dizer que a resposta de cariz policial não tem legitimidade, ou não tem legitimidade suficiente para ser autorizada a ter uma total autonomia táctica no estancamento do problema - a ordem pública deveria ser assegurada, defenderiam alguns (quase sempre de modo implícito), mesmo a nível táctico, sempre por uma acção mais ampla, integrando diversas componentes, das quais a policial seria somente uma, e, eventualmente, a não mais importante - então Pacheco Pereira tem toda a razão.
Os problemas de ordem pública, independentemente, dos erros de contexto que os originam, têm de ter, do ponto de vista táctico, uma resposta específica: policial e tempestiva. Por todos os motivos, mas em particular porque são um problema terrível para o conjunto das pessoas que convivem, de modo directo, com ele. E nisso, Pacheco Pereira continua a ter razão: quem mais sofre com os bandidos, são os vizinhos dos bandidos.
Agora, isso é um facto, que existem problemas de contexto, que são ignorados de modo sistemático, ao longo dos anos, e que ajudam, por isso, a criar um caldo cultural, e um subsistema "geográfico", que potencia esse tipo de problemas, disso não tenho dúvidas. O que não sei com certeza, é se esse acto de ignorar não é, do ponto de vista objectivo, mais do que um expediente de quem se convence que não há solução - porque não sabe, ou não quer esforçar-se por saber, ou não quer arriscar tentar outras soluções - ou se está nas tintas para o que possa suceder depois.
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