Naturalmente que estou de acordo com aquilo que Vital Moreira diz sobre os ossos do ofício do desempenho de cargos públicos: ler em Causa Nossa: "Ossos do ofício".
O Governo de José Sócrates tem de dar, muito rapidamente, um sinal claro, inequívoco, e convincente, da prioridade que dá ao combate à corrupção - para começar, poderia ser a definição de um protocolo de actuação claro, inequívoco, e convincente, que os seus indigitados para cargos públicos na Administração, e nas empresas públicas, deveriam cumprir: é necessário, seria rápido, e a rapidez está a importar neste momento, por aquilo que se diz abaixo.
As razões para um combate claro, inequívoco, e convincente à corrupção são todas conhecidas - e uma, não-trivial, deve ser relembrada: a corrupção contribui para a ineficiência, e para resultados menos bons no domínio da produtividade e da competitividade. Ora, precisamos, o País precisa, como de pão para a boca, de eficiência, produtividade e competitividade: o que Nicolau Santos diagnostica no Expresso, " O que vem aí é dantesco", não peca por exagero.
E se necessitamos de travar a quatro rodas (é expressão de Nicolau Santos) - se não concordam, agradecia que me informassem como poderia ser feito de outra forma - irão ser pedidos sacrifícios (e que sacrifícios) a toda a gente, e o pior que pode acontecer nessa conjuntura do ponto de vista político-social e de justiça será a simultaneadade das histórias de corrupção, a "aparente" passividade no combate à corrupção, e a imposição daqueles sacríficios.
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