Como resolver o problema do défice? | Bruno Proença | Económico:
Há um problema de endividamento, nomeadamente do Estado, e falta competitividade externa. São dificuldades estruturais. Ou seja, já andavam por cá antes da crise internacional. E, portanto, agora que a tempestade está a passar, eles cá continuam. Durante os últimos dois anos, ninguém falou deles mas agora é altura de voltarem à agenda política.
E o mais urgente é o endividamento, particularmente o das Administrações Públicas. A verdade é que na saída da crise, o Estado português tem um défice acima de 8% e a dívida pública corresponde a 100% do PIB. Pior era difícil. O Governo argumenta que défices altos é uma realidade em vários países europeus e nos Estados Unidos. É verdade. Mas também é verdade que esses países têm um nível de riqueza superior e economias capazes de gerar níveis de crescimento mais fortes. Para Portugal, que está na cauda da Europa, resolver um défice desta dimensão é uma grande dor de cabeça. E, no final, a factura vai ser paga pelos mesmos: os contribuintes. Falta saber de que maneira.
Há um problema de endividamento, nomeadamente do Estado, e falta competitividade externa. São dificuldades estruturais. Ou seja, já andavam por cá antes da crise internacional. E, portanto, agora que a tempestade está a passar, eles cá continuam. Durante os últimos dois anos, ninguém falou deles mas agora é altura de voltarem à agenda política.
E o mais urgente é o endividamento, particularmente o das Administrações Públicas. A verdade é que na saída da crise, o Estado português tem um défice acima de 8% e a dívida pública corresponde a 100% do PIB. Pior era difícil. O Governo argumenta que défices altos é uma realidade em vários países europeus e nos Estados Unidos. É verdade. Mas também é verdade que esses países têm um nível de riqueza superior e economias capazes de gerar níveis de crescimento mais fortes. Para Portugal, que está na cauda da Europa, resolver um défice desta dimensão é uma grande dor de cabeça. E, no final, a factura vai ser paga pelos mesmos: os contribuintes. Falta saber de que maneira.
Destruição criativa | Carlos Marques de Almeida | Económico:
"Diga-se a benefício da verdade que a confusão está instalada. Primeiro, a oposição em bloco acredita piamente que ganhou as eleições ao retirar a maioria absoluta ao PS. Como tal, a oposição empenha-se na revisão da obra socialista porque entende ser esse o seu legítimo mandato. Não existe visão institucional nem perspectiva de alternativa viável, tanto mais que tudo se resume a uma deriva temperamental ditada por critérios políticos de oportunidade. No fundo, a oposição faz política mas não tem um conjunto de políticas.
"Diga-se a benefício da verdade que a confusão está instalada. Primeiro, a oposição em bloco acredita piamente que ganhou as eleições ao retirar a maioria absoluta ao PS. Como tal, a oposição empenha-se na revisão da obra socialista porque entende ser esse o seu legítimo mandato. Não existe visão institucional nem perspectiva de alternativa viável, tanto mais que tudo se resume a uma deriva temperamental ditada por critérios políticos de oportunidade. No fundo, a oposição faz política mas não tem um conjunto de políticas.
Depois é no Governo que reside a maior surpresa. O PS acredita que
ganhou as eleições com mandato para governar, só que o Governo congelou
a acção política refugiando-se numa peculiar expectativa.
Desconfortável com a minoria, o primeiro-ministro perdeu o apetite para
o exercício do cargo. O Governo não tem iniciativa, nem agenda, nem
sopro reformador. Em minoria, o Governo do PS não governa, gere uma
situação desfavorável e deixa o país político a apodrecer. [será cedo para o dizer, mas que há o perigo, isso há ...] [...]"
Crónica feminina | Marta Rebelo | Económico:
"[...] A discussão deste tema tem de ganhar mais rotina, porque quando olhamos para a representação feminina política, empresarial e até académica, somos forçados a concluir que a meritócracia é uma falácia, e tirando as excepções que confirmam a regra, só pela via da imposição ou da demografia - que faz antever um futuro de quotas masculinas - se faz a aproximação em órbita à tal 'paridade'. E uma enorme frustração para muitas, mas sobretudo para a minha geração."
"[...] A discussão deste tema tem de ganhar mais rotina, porque quando olhamos para a representação feminina política, empresarial e até académica, somos forçados a concluir que a meritócracia é uma falácia, e tirando as excepções que confirmam a regra, só pela via da imposição ou da demografia - que faz antever um futuro de quotas masculinas - se faz a aproximação em órbita à tal 'paridade'. E uma enorme frustração para muitas, mas sobretudo para a minha geração."
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