- arquivo: O exemplo de Figo| Pedro Adão e Silva: "Dificilmente haverá exemplo mais acabado da disfuncionalidade a que chegou a nossa vida política e económica do que o caso Figo. [...] Mas o caso Figo tem outra face: os partidos, em acentuada trajectória de descrédito social, procuram compensar a credibilidade perdida através de uma colecção de cromos que vai sendo exibida ao lado dos líderes. As máquinas partidárias, devidamente fustigadas, interiorizaram a sua própria falência e vivem deslumbradas com o apoio de uns quantos notáveis. É pouco provável que haja ganhos eleitorais significativos com estas aparições em campanha. As razões das escolhas eleitorais são outras e, paradoxalmente, o investimento nos notáveis convive com uma negligência dos partidos nos factores que enraízam mais as escolhas. [...]"
- arquivo: Sinais de crise sistémica|Pedro Adão e Silva: "[...] Num cenário de degradação genérica da imagem da actividade política, combinada com a sugestão de que há zonas cinzentas de relações promíscuas entre políticos e actividades empresariais, é o próprio sistema que sai corroído. [...]"
- O desmancha prazeres - Visao.pt: "[...]Fernando Nobre é um desmancha-prazeres. Ele pode até ser próximo de Mário Soares - mas os eleitores não o vêem como um socialista e, muito menos, como um homem de partido. Os portugueses têm de Fernando Nobre a ideia de uma espécie de 'santo de serviço' e será difícil denegri-lo com o rótulo de 'politiqueiro', como a candidatura de Alegre já começou a insinuar. A sua intervenção dá resposta aos bonitos discursos dos políticos que apelam à participação dos cidadãos e da sociedade civil na política - escondendo, ao mesmo tempo, a intenção de que essa participação seja devidamente enquadrada partidariamente. Pouco sinceros, os partidos não querem cativar independentes, antes pretendem angariar 'idiotas úteis'.[...]"
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