2 de fevereiro de 2010

O mau momento português

A palavra mais desgraçada, daquelas que são mal utilizadas e mal compreendidas em Portugal, é a de "economicista". Aliás, é a palavra que melhor retrata porque estamos onde estamos, e porque, dificilmente sairemos daí. É utilizada como insulto, como incentivo ao aumento da despesa, ignora restrições e disciplinas, e o facto de ter o curso que tem, a prevalência no discurso político que tem, o ser utilizada precisamente (como ouvi, hoje, na televisão) neste momento, demonstra que parte do país não é contemporânea do mundo actual, o desconhece, e que vive na ilusão de que as coisas são muito mais fáceis do que são na verdade. Obviamente, que a classe política tem culpa, e não só a que se situa à esquerda do PS - toda a classe política não faz pedagogia de nada, não corrige nada, não lidera nada. O futuro vai chocar com os portugueses que estão, totalmente, desprevenidos e desarmados (estou a falar do futuro a curto, médio e longo prazo).

Hoje, como disse acima, ouvi, primeiro, um representante sindical da PSP referir o "economicismo" do seu Ministério; em seguida, ouvi o Secretário de Estado do mesmo Ministério ventilar que o aumento da despesa previsto neste orçamento, era de mais 13 % (e mesmo que fosse 3%).

No entretanto, e como mais um exemplo, vejam o que se diz em: Daniel Gros: Portugal needs a deep cut in nominal wages| Janela na web 

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