"[....] a prática que existia no século XIX em muitos bares norte-americanos, e também nalguns ingleses, de oferecer a comida (‘free lunch') aos clientes que comprassem pelo menos uma bebida. O almoço era grátis, apenas era necessário pagar as bebidas. Aparentemente, a comida não importava. Obviamente que nos locais onde havia esta prática comercial as bebidas eram mais caras do que naqueles onde não havia 'almoços grátis'.Na primeira metade do século passado, o acrónimo ‘tinstaafl' (‘there is no such thing as a free lunch') começou a ser popularizado, explicitando a ideia que mesmo que alguma coisa pareça grátis existe sempre um custo a pagar por alguém. O custo pode ser indirecto ou não ser imediatamente evidente, mas existe. Em muitas áreas, ‘tinstaafl' procura evidenciar o custo de oportunidade ao tomar-se uma decisão. Se uma pessoa ou grupo beneficia de algum bem ou serviço de graça, seguramente haverá alguém a pagar por esse benefício.Em Portugal, o acrónimo tem sido pouco divulgado. E não se tem querido entender a ideia subjacente. A rede de estradas que temos; os estádios de futebol construídos; a quantidade de serviços públicos e empresas públicas que existem sem uma justificação clara; a facilidade com que o Estado (essa entidade mítica) proporciona uma casa grátis, ensino universitário (tendencialmente) grátis, prestação de cuidados de saúde grátis, acessos viários grátis, etc., são exemplos [continuar a ler ...] .
- Sent using Google Toolbar"
Entendamo-nos: justifica-se, nalguns casos,ou, melhor, em muitos casos, que assim possa acontecer. O que não tem justificação alguma é que nos esqueçamos que assim é, e isso, mais que não fosse, porque potencia, desculpa, viabiliza, o mau uso de recursos escassos, logo a ineficiência, a corrupção, a preguiça na reflexão estratégica, etc., etc.
Sem comentários:
Enviar um comentário