12 de junho de 2011

Já sei como vou defenir-me, partidariamente, num eventual futuro ....

Mais uma "epifania".

Martim Avillez Figueiredo, no Expresso, e no seguimento de um conjunto de crónicas, não triviais, onde tem apontado, e comentado, um conjunto de referências bibliográficas a ter em linha de conta, repete a qualidade do que tem feito, e informa da definição do que é o neoprogressismo, na aceção que lhe é dada por um norte-americano de nome Gar Alperovitz [ainda não tentei saber mais deste senhor].

Então, diz-se o seguinte:

De esquerda para uns, de direita para outros, o neoprogressismo talvez se possa resumir assim: se a esquerda que a legitimidade de todas as batalhas pela preservação dos tradicionais direitos sociais decorre do facto de terem sido tão difíceis de conquistar, os neoprogressistas concentram-se na sustentabilidade futura desses direitos, procurando e ajustando políticas públicas à produção de direitos sociais eficazes hoje e no futuro.

Gosto disto, e muito do que se diz na crónica, embora discorde do seu título, e da mensagem que a eficácia torna obsoleta a ideologia. No que se diz acima, achei ainda muito curioso o modo como cruza com a definição de Keynes do que seriam os conservadores e que utilizei para fundamentar o que eu considero de socialismo conservador (ver aqui).

No entretanto, gostei também das crónicas do Pedro Adão e Silva (enfatizaria o último parágrafo); muito do que diz o Daniel Oliveira (fora a correção das imagens, e juízos subjetivos, usados e feitos) e, por fim, o artigo de Maria Filomena Mónica, sobre o voto em branco - foi interessante saber a opinião do Campos e Cunha sobre o que deveriam ser as consequências parlamentares do voto em branco: cadeiras vazias no Assembleia. Estas concordâncias foram uma característica do período que passou - estive de acordo, por motivos diversos, com um leque alargado de pessoas, de todos os quadrantes [estejam há vontade para pensarem o que quiserem sobre esta minha deriva pessoal. Talvez as crises acrisolem a pertinência da reflexão, pelo menos na parte onde se denuncia o que está mal].

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