... como explicam os números do BP da semana passada, na última quinzena de anos, [...] o crédito foi esmagadoramente para aquilo que que se chama de sectores não transacionáveis [...] quase 3,5 euros em cada 5 euros de crédito foram concedidos a construção, imobiliário, habitação, obras públicas; só 6% (3 centimos daqueles 5 euros) foram o sector transformador... Porquê? Ora, porque os sectores protegidos, em conjunto com os Governos e bancos, seguiram o que tinha menos risco...para si. Naquela altura, isso gerou lucros e empregos. Mas não transformou a economia, nem sedimentou a sua sustentabilidade e a do emprego.
Não é possível ter uma recuperação económica assente perpetuamente num desiquilíbrio externo alimentado pelo défice orçamental. E economias pequenas e abertas não sustêm o crescimento da despesa interna se não forem estruturalmente sólidas.[...]
É simples. É quase como ensinar economia às crianças. Tirei isto (o que está a itálico) do editorial do Jornal de Negócios assinado pelo director Pedro Santos Guerreiro, denominado Despojos da Krugmania. Comprei o jornal para ler a entrevista de Krugman (ainda não a li). Haveria muito a dizer sobre esse editorial, mas fica para outra oportunidade.
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