10 de janeiro de 2008

Boas notícias (II)

É uma boa notícia para o país, a escolha de Alcochete para localização do novo aeroporto de Lisboa - porque não é só a questão de um novo aeroporto como é a de dotar-nos de um instrumento poderoso de crescimento económico; para mim, além do mais, é um alívio - a escolha da OTA, colocar-me-ia numa situação de dissonância cognitiva aguda.



Dois reparos, contudo. Um, ter a ver com a preocupação de Ricardo Costa (SIC Notícias), que eu partilho, sobre saber como é possível que tenha levado tanto tempo, e tenha sido necessário tanto, para se chegar a esta conclusão - que, embora em retrospectiva, se mete pelos olhos dentro, ser a melhor. Haveria mais a dizer neste particular mas fico por aqui.



O outro - não foi levantado em Portugal (que eu saiba) por ninguém: prende-se com a consideração da franja da opinião que contesta a criação de novos grandes aeroportos (por exemplo, George Monbiot - ver nota). Segundo eles, será inevitável, a médio prazo, a contenção do crescimento do transporte aéreo devido à necessidade de responder ao aumento da emissão de CO2 - se esse médio prazo correspondesse à vida do novo aeroporto, a viabilidade do investimento seria colocada em causa, pelo que, desde já, a aceitar-se a tese, a hipótese Portela + transição gradual para Alcochete, seria, por isso também, a sub-opção mais prudente. Até que ponto aquele potencial de crescimento seria comprometido pela escolha desta sub-opção, não sei.

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