João Wengorovius em O outro lado da inovação - DiarioEconomico.com defende a necessidade de inovação social e cita Charles Leadbeater, autor do livro “The Ten Habits of Mass Innovation”, ao referir que "um dos maiores desafios actuais é passarmos de sociedades assentes numa cultura de consumo para sociedades assentes numa cultura de participação e inovação. O futuro passa por novas formas de inteligência colectiva e de criatividade de massas – algo que as novas tecnologias colaborativas tornam possível." De acordo com a necessidade da inovação social e das novas formas de inteligência colectiva e de criatividade de massas - embora, tudo isso deva passar por muitas qualificações. De qualquer forma, tudo isso não passa de "música das esferas" para muita gente. Alguns excertos:
"Portugal encontra-se na transição de uma economia industrial pouco especializada, assente em mão-de-obra barata, para uma economia de valor acrescentado, assente na inovação e no conhecimento. Algumas das consequências dessa transição são o actual aumento do desemprego e as novas formas de exclusão social. Consequências agravadas pela crise do Estado-providência, devida à evolução demográfica, ao aumento da esperança de vida e à extensão e generalização dos direitos sociais. Hoje, uma das mais importantes questões sobre a transição em curso é saber como lidar com as consequências sociais daí decorrentes.
Como dar resposta às novas necessidades sociais e às que, não sendo novas, persistem? Como lidar com o aumento do desemprego, o envelhecimento da população, o abandono escolar, ou a falta de participação cívica e democrática? Um novo equilíbrio social depende de novas e melhores respostas para os problemas sociais, ou seja, de inovação social.
A única forma de Portugal e a Europa entrarem, sem sismos sociais, numa “pós-social-democracia”, é através da inovação social. Inovação social no sector público, no sector privado e no terceiro sector. Inovação social como predisposição para a mudança em cada cidadão, como acto de cidadania."
"Já Mintzberg, na década de 1990, havia afirmado que a pujança das sociedades ocidentais não prova o sucesso do capitalismo, mas sim de “sociedades equilibradas, com fortes sectores privados, fortes sectores públicos e sectores sociais de grande vigor.” Vencer os actuais desafios sociais dependerá da nossa capacidade colectiva para inovar, para inovar socialmente nos mais diversos domínios. Aliás, só pela inovação a Europa social poderá sair do labirinto em que se encontra."
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