21 de março de 2008

Comércio, globalização e eleições nos EUA

Uma questão que preocupa muitos economistas é a mensagem transmitida pelos candidatos democratas sobre as questões do comércio mundial - defensiva, no mínimo, e com laivos de proteccionismo à mistura (ver aqui). Já se verificaram ataques violentos de economistas (europeus, por exemplo) a essas tomadas de posição (ver aqui - último link).









Este apontamento, Something we can all agree on, do blogue Free exchange (Economist.com), discute de novo a questão, as razões para tal e os perigos, agora à luz do discurso recente de Obama sobre as questões raciais nos EUA (ver aqui), onde existe uma referência às consequências da globalização (deslocalização). É muito bom e deve ser lido - invoca alguns dos argumentos sobre o modo de defender a globalização que, no caso dos EUA, têm toda a pertinência, na medida em que as redes de apoio aos prejudicados pela globalização estão esburacadas (sindicatos, segurança social, saúde, educação,...). Um excerto:












"And the invocation of a common enemy is, objectively, a good way to create class-based, rather than race-based, voting coalitions. In this case, white collar executives and cheap foreign labour play the role of common enemy nicely. And as uplifting as Mr Obama's speech was, it is incredibly unfortunate that togetherness at home should come at the expense of economic growth abroad.

An optimist might say, however, that in building a class-based coalition, Mr Obama will create the conditions necessary to strengthen the social safety net. And some might then say--Dani Rodrik, perhaps--that by insuring workers against the buffeting winds of trade, Mr Obama will have secured the ability to expand globalisation without strong domestic opposition. One hesitates to project hopes on a candidate to this extent, but it seems possible."

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