4 de junho de 2008

Obama e Clinton

Já era esperado, há algum tempo. Serei, portanto, daqui para a frente, pró-Obama: de forma racional, não muito entusiasta, com todas as reticências apresentadas até agora (ver notas sob a etiqueta eleições EUA), mas com a certeza de, sendo cumprido o programa - acima de todos os outros, o relativo às respostas a dar às alterações climáticas - teremos um Presidente dos EUA melhor do que McCain (ver, por exemplo, aqui).










A derrota de Clinton levanta questões merecendo reflexão. O aspecto mais notável destas eleições foi o ascenso notável da militância política de parte significativa da população norte-americana (não só jovens). (Por favor tomem nota: há política para além da política). A derrota de Clinton entronca aí. A argumentação que ela própria desenvolve - ver em Open Left:: Clinton's Diagnosis: She Lost Because of Activists and Iraq - releva a importância que teve o activismo de esquerda no resultado (muito em reacção à sua posição quanto à guerra do Iraque, e que não quis alterar no entretanto - concordei com isso: ver aqui). Essa leitura é aceite por analistas da área de Obama - ver, também na Open Left, em More On Obama's Activist Victory. Existem ainda outros aspectos a considerar como os referidos em Robert Creamer: Top 10 Reasons Obama Defeated Clinton for the Democratic Nomination - Politics on The Huffington Post (já referenciado aqui).
Hillary Clinton como VP? Poderia fixar franjas do eleitorado democrata que não é seguro transitarem para Obama; por outro lado, do lado de Obama, existem muitos que preferem alguém à esquerda como John Edwards e teriam dificuldade em aceitá-la como VP.
Em todo o caso será curioso acompanhar o futuro político de Hillary Clinton - o que é seguro é, havendo uma outra oportunidade, ela estará de novo na corrida.

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