Comprei o Expresso esta semana, algo que não faço regularmente - leio-o, a maior parte das vezes de modo muito expedito (a culpa será minha e não do jornal). Comprei-o devido à entrevista da Ministra da Educação. Fiz bem. Sobre a situação actual na educação, diversos artigos de que gostei muito. Em primeiro lugar, do editorial - talvez, o que esteja em jogo, seja em última instância, a própria estrutura de organização do sistema educativo nacional; do artigo do Miguel Sousa Tavares, "Só restarão vencidos"; do artigo de Fernando Madrinha, "Quem mais ordena" e, ao lado da entrevista à Ministra, o apontamento "Pontos da polémica explicados à lupa". Sobre a polémica da actuação do Banco Portugal, a nota de Nicolau Santos, "A irresponsabilidade e o ódio contra Vítor Constâncio" é esclarecedora, como o é apontamento "Denúncia a quanto obrigas". A este propósito, não posso deixar de contar o seguinte: Um conhecido meu, economista, do programa de mestrado da FEUNL, foi contratado pelo banco X; uns anos depois referia-me, rindo, que o Banco de Portugal não tinha meios, nem "expertise", para não ser levado pela banca quando esta queria fugir com o bico ao prego... Vê-se. Ainda outro artigo a merecer a minha adesão e relativo ao modo como Portugal (não) discute política, de Sofia Galvão, "Portugal: ser ou não ser?" - faz uma análise amarga, mas que colhe a realidade - fica para referência futura. A terminar: de acordo com Nicolau Santos, Manuela Ferreira Leite (MFL) esteve bem na questão do Banco de Portugal; de acordo com Miguel Sousa Tavares esteve mal na questão da avaliação dos professores. Estou de acordo com os dois - e fica para outra nota, a crítica à posição peregrina de MFL de não poder apresentar alternativas às diversas políticas sectoriais promovidas pelo Governo para não ser expropriada (política, operacional e intelectualmente?) das mesmas por Sócrates.
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