13 de setembro de 2009

O debate: a dissonância cognitiva

Ontem, após escrever a nota anterior, fui ouvir os comentadores da SIC Notícias e, embora dando o desconto de poder ter estado a ver o debate com os "olhos da mãe coruja", segundo a expressão da minha mulher, entrei em estado de dissonância cognitiva: aqueles senhores não tinham visto o que eu vi, ou então eu não tinha percebido, em nada, o que se passara.
Bem, admitindo por hipótese de discussão, que a segunda parte daquele dilema é que se aplica, eu estou muito bem acompanhado:

"Quem ganhou o debate?

Sócrates: 45,6%Ferreira Leite: 30,2%Empate: 24,2%Intervalo de confiança a 95% (N=200)

Sócrates: 38,7%-52,5%Ferreira Leite: 23,9%-36,5%Empate: 18,3%-30,1%"

E se existe por parte dos comentadores uma agenda escondida? Essa é a opinão de muita gente, mas da qual não gosto, não que, obviamente, não existem agenda próprias, e actuações definidas de modo estratégico, mas porque é muito linear, e aquelas existindo, só explicam parte da situação. Cheira-me que há algo mais: a "conventional wisdom" por parte de alguma comunicação social que Sócrates já está feito; a recusa em arriscar uma opinião que não é a da "herd", ou então, a campanha "situcionista" do Pacheco Pereira produziu mesmo efeito, e agora os situcionistas estão já do outro lado.

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