Lições para nós?

A sustentabilidade das despesas públicas com a saúde é um dos problemas mais sérios com que as finanças dos países mais desenvolvidos se confrontam - alguns dizem que é o problema mais sério (por exemplo, Krugman, nos EUA). As reformas na saúde são, por isso, inevitáveis - o problema, como é bom de ver, é que tipo de soluções escolher. Nos EUA, a questão tem, nesta campanha eleitoral, uma visibilidade extrema, e de modo particular, no campo democrático, onde as propostas de reforma servem para separar as águas entre os diversos candidatos. O sistema de saúde nos EUA é bastante diferente dos existentes na Europa (felizmente, diremos nós) mas é sempre possível, em tese, aprender com a experiência dos outros. Esta nota do blogue Open Left, Open Left:: Five Principles for Health Care Reform, é muita boa e é inesperada no seu conteúdo: inesperada, por vem de um blogue de esquerda e, no entanto, reconhece virtudes (mas também aponta defeitos) ao sistema de saúde americano, tal como está. Cruza, nalgumas pontos que aponta, com questões que são para mim, enquanto cidadão, preocupação constante: o da responsabilidade dos cidadãos na gestão da sua saúde (e muitos outros aspectos da vida social) e como isso tem a ver como se faz (ou não) política. Dois excertos:

"Consumer Responsibility. We need a far greater level of
personal responsibility on the part of our citizens. Steve Burd is right - all
of the biggest health problems in the United States are closely related to
personal behavior. Consumers need to understand the impact of their health care
decisions and the cost of their treatments. And, they need to take better care
of themselves."

"And Fifth, we need to launch a ground-up revolution
in wellness and prevention. A reorientation to preventive medicine could avert
40 million cases of 7 chronic diseases--cancer, diabetes, heart disease,
hypertension, stroke, mental disorders, and pulmonary conditions--by the year
2023. This would save about $1.1 trillion dollars. That's real money! "