18 de janeiro de 2009

Carta aberta de Krugman a Obama

Um economista no seu melhor: Krugman escreve a Obama sobre o que este deve fazer: ler em What Obama Must Do : Rolling Stone.
O documento é notável a diversos títulos. Incide, como seria de esperar, principalmente, sobre a crise, sobre o que nos levou a ela, sobre o que deve ser feito, e isso, à luz do que se fez quanto à depressão iniciada em 1929. Acaba por ser uma lição (claro, muito sintética) da história económica norte-americana no século XX. Mas, fala também, de como a reforma do sistema de saúde norte-americano responde a problemas de justiça social e de eficiência económica. Aborda a questão da resposta aos problemas colocados pelas alterações climáticas e sugere uma comissão (à sul-africana) para inspeccionar o que sucedeu durante os anos Bush. Aquilo que Krugman diz não prima pela novidade para quem tem acompanhado o que ele tem vindo a escrever. A qualidade tem a ver com a pedagogia, a fundamentação, a coerência, a abrangência, e a limpidez do que escreve. Por favor não deixem de ler.
Uma advertência: aqui existem lições que podem ser transpostas para Portugal e para a Região (por exemplo, sobre o desagravamento fiscal) e referências a condições que cá não existem (por exemplo, o facto da dívida pública norte-americana conseguir financiar-se, neste momento, a custo (quase) zero).

Não vou fazer a transcrição da carta. Só transcrevo a pergunta com que Krugman inicia a parte relativa à crise e a primeira oração da resposta; e a parte relativa às alterações climáticas:


  1. "How bad is the economic outlook? Worse than almost anyone imagined..."
  2. "There are many other issues you'll need to deal with, of course. In particular, I haven't said a word about environmental policy, which is ultimately the most important issue of all. That's because I suspect that it won't be possible to pass a comprehensive plan for dealing with climate change in your first year. By all means, put as much environmentally friendly investment as possible — such as spending to enhance energy efficiency — into the initial recovery plan."

PS: Aproveito para arrumar aqui uma nota de Martin Wolf, do Financial Times, sobre o plano de Obama para estimular a economia: FT.com / Columnists / Martin Wolf - Why Obama’s plan is still inadequate and incomplete (para ver mais ir aqui).



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