- A epígrafe é o título de parte da crónica de Nicolau Santos, no Expresso, Suplemento de Economia, no último sábado. Se não leu, devia ler ainda - poderá estar já on-line.
- Todos reconhecem a frontalidade de Belmiro de Azevedo. A frontalidade é um bem precioso em Portugal, porque escasso. Daí devermos imputar a crédito do empresário essa sua qualidade, além de outras suas bem consabidas pelo País. A crítica frontal, o combate de idéias duro, o apontar do que se considera errado, o protesto contra aquilo que é injusto, são práticas todas elas necessárias em democracia, mesmo que algumas não as consideremos correctas, ou as valorizemos como descentradas e/ou desproporcionadas. O poder político em democracia é sujeito do escrutínio e da crítica pública que tem só como limite o que a lei prevê de responsbilidade individual quanto ao que se diz dos outros. Por isso é bom que existam Belmiro de Azevedos.
- O que é absolutamente inadmissível a um qualquer cidadão com poder económico, a qualquer partido, a qualquer governo, seria actuar pela calada, tentando desvirtuar o jogo democrático, formatando, nomeadamente, para o efeito, a linha editorial dos órgãos de comunicação social que influenciam desta ou doutra forma.
- Isso é diferente da tentativa de influenciar o trabalho da comunicação social - todos o fazem, embora uns melhor do que os outros. Eu compartilho das preocupações de Pacheco Pereira sobre a comunicação social - só não percebo duas coisas: o que existe na matriz comportamental, cultural, ideológica do PS que faz com que ele seja, nessa matéria, a personificação do mal; e o que faz com que o PSD, na sua opinião, seja tão inatamente diferente do PS?
agora, sobre as atribulações de um independente de esquerda nestes tempos da III República ...
24 de setembro de 2009
"Belmiro e as condições para apoiar Manuela"
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