12 de maio de 2012

Açores e o incomum Alberto


Figure 1. Afternoon satellite photo of Invest 92L, taken at 16 UTC May 12, 2012, by NASA's Aqua satellite. Image credit: NASA.
An interesting and surprising hybrid low pressure system with both tropical and extratropical characteristics has formed over the far Eastern Atlantic, about 400 miles southwest of the southern Azores Islands. This low, designated Invest 92L by NHC today, has developed an impressive amount of heavy thunderstorm activity near its center, despite the fact that it is over cold ocean waters with temperatures of 66°F (19°C.) This is well below the 26°C usually needed for a tropical storm to form. However, there is quite cold air aloft, so the temperature difference between the surface the upper levels has been great enough to create sufficient instability for 92L to organize. Wind shear is a moderate 15 - 20 knots, and satellite estimates of 92L's winds were 63 mph at 1:45 pm EDT Saturday, according to NOAA/NESDIS. NHC estimated that 92L had top winds of 50 mph at 2 pm EDT Saturday.

NHC is giving 92L a 40% chance of developing into a named storm by Monday. They will be reluctant to name it Alberto unless the storm can maintain it's current level of heavy thunderstorm activity for at least 6 - 12 hours. The storm's heavy thunderstorms have weakened some during the afternoon, making it less likely NHC will be inclined to name it; the fact that 92L is over waters of 66°F (19°C) hurts its chances. The coldest waters I've seen a tropical storm form in were 19°C, during Tropical Storm Grace of 2009. Grace holds the record for being the farthest northeast forming tropical cyclone in the Atlantic basin. Like 92L, Grace also formed near the Azores Islands, but in early October. The coldest waters I've seen a hurricane form in were 22°C, for Hurricane Epsilon of 2005. Latest guidance from the computer models show 92L meandering to the south of the Azores through Monday, then beginning a slow motion towards the northeast by Tuesday.

Jeff Masters

9 de maio de 2012

Para perceber a Merkel

Isto não esgota a conversa: não é toda a história, mas é uma parte que não pode ser esquecida e que tem de ser integrada em qualquer narrativa em que se aposte como a mais correcta. Um dos problemas com que nos debatemos não é a diversidade das narrativas em presença: é a desonestidade intelectual... que faz com que se esqueçam, por exemplo, os exercícios aritméticos simples do Medina Carreira, e outras coisas quejandas, nalgumas narrativas, e noutras, se esqueçam outro tipo de exercícios aritméticos simples, sempre de modo a afeiçoar a narrativa aos interesses partidários, ideológicos, etc. de curto prazo. Querem um exemplo? É o caso do crescimento versus austeridade. Não é esse o dilema que tem de ser resolvido: aquele que tem de ser resolvido, é de como crescer sem agravar no curto e/ou médio prazo os problemas que, em primeiro lugar, nos colocaram neste sarilho: endividamento público e endividamento externo. Ora, isso é difícil como o caraças, donde toda a nossa gente discursa, improvisa, joga no ad-hoc (alegremente?) porque - é a mesma reserva mental que está lá, detrás do teatro de sombras que tudo isto é - ao fim do dia, como contava Correia de Campos do que dizia um responsável da saúde, que não conheceu a tempo de o despedir, gasta-se, porque alguém há de pagar .

A nota abaixo deve ser lida na totalidade


várias das posições sobre os programas de austeridade em Portugal têm defendido uma flexibilidade no processo, e culpabilizando Angela Merkel pela falta de compreensão com os povos do Sul da Europa, falando em maior solidariedade e em necessidade da Alemanha (e países próximos) pagarem um programa de crescimento europeu, seja via os agora famosos eurobonds via directa pelo orçamento comunitário.

O artigo de Han-Werner Sinn publicado ontem no Jornal de Negócios deve-nos porém fazer pensar que o problema não está em Angela Merkel, ela própria limitada pela opinião pública alemã, muito influenciada pelas posições deste economista (e doutros que com ele alinham). Escreve Sinn “Muitos solucionariam o problema concedendo crédito cada vez mais barato, através de canais públicos – fundos de resgate, eurobonds ou BCE – provenientes do núcleo estável da Zona Euro e direccionados para um Sul em dificuldades. Mas isso obrigaria, injustamente, os aforradores e contribuintes dos países desse núcleo a fornecerem capital ao Sul sob condições que nunca aceitariam voluntariamente. [....]

Enquanto isso, a situação económica a nível mundial é a seguinte:

Um ponto da situação económica mundial, interessante a diversos títulos. O bold é meu.


[....] In the first place these massive liquidity injections are not self sustaining, ie they give things a hefty push forward but even so they  don’t manage to jump start the various economies, especially in the developed world. They work for a bit, and then run out of steam. The fact that they systematically run out of steam tells me, at any rate, that something somewhere is broken, and that re-iterated injections on their own won’t sort the problem out.  

In Japan this very same “something” has now been broken since 1992, and continual liquidity injections and mounting government debt have not made it better. This is not the point to go in depth into what the something is, my story on this is scattered here and there across the various pieces of analysis I write. Suffice it to say that excessive debt and rapid population ageing have to form part of the picture. Both constitute an important drag on growth. But the principal aim of this post  isn’t to add to the debate about what it is that broken, it is simply to plead for a recognition that something is, and that, as a result, the situation won’t simply “right” itself. This time there is no hidden helping hand.

What the various liquidity injections do do is buy time. Some people scorn that, and would rather take their armageddon full face and now. Each to his taste. If I get to die tomorrow and rather than  today I am not ungrateful. [....]