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5 de agosto de 2011

Acabar com a fome já - Video TED



"Josette Sheeran, the head of the UN's World Food Program, talks about why, in a world with enough food for everyone, people still go hungry, still die of starvation, still use food as a weapon of war. Her vision: 'Food is one issue that cannot be solved person by person. We have to stand together.'"

8 de setembro de 2009

A Política Comum de Pescas como contexto

Como regra, nunca nos podemos esquecer de questionar sobre o contexto. Ao sabermos de uma qualquer situação, boa ou má, agradável ou desagradável, e devemos, imediatamente, questionar sobre qual o contexto em que ela se insere. Na eventualidade de não haver possibilidade de aceder à informação sobre aquele, que fique a nota mental de faltar algo importante para a adequada apreciação da situação em causa. Isto é importante: os seres humanos tendem a esquecer o contexto, li algures.



Ora, não gosto de nenhum tipo de piratas, e não há contexto que justifique a pirataria. Mas, de novo, não o podemos esquecer - para a combater, obviamente - e, não menos importante, para que a pirataria de uns não camufle a pirataria dos outros. No caso da pirataria na Somália existe uma razão adicional para nos preocuparmos com o contexto: a Política Comum de Pescas é uma das suas componentes que, aliás, legitima e esconde a pirataria dos outros (de nós europeus).


"Tomada de reféns e actos de pirataria ao largo da Somália são notícia quase todos os dias. Fala-se é muito pouco dos arrastões europeus que pilham as águas territoriais africanas e prejudicam os pescadores locais. Esta actividade também é uma foram de pirataria, escreve o Die Welt.


Quase não passa um só dia, em que não se ouça falar de capturas de embarcações, tomadas de reféns e pedidos de resgate por piratas somalianos. Mas, na semana passada, um pequeno anúncio despertou a nossa curiosidade: os soldados franceses estacionados ao largo da costa somaliana intervêm igualmente sobre embarcações de pesca francesas. Cabe-lhes proteger uma dúzia de embarcações que praticam a pesca do atum, para que não se tornem alvo dos piratas. Mas coloca-se uma pergunta: que vão procurar os pescadores franceses ao largo dessas costas?

A resposta é a seguinte: em muitos países, foram reduzidas as quotas de pesca, mas não o contingente de barcos. Por isso, há demasiados barcos inactivos. Além disso, as frotas de pesca ultramodernas vindas da Europa, Rússia, China, Japão e alguns outros países pescam até ao esgotamento das reservas de todos os oceanos, e até das águas territoriais africanas, sem se preocuparem com os pescadores locais. Vários países, incluindo a União Europeia, compraram a muitos países pobres de África o direito de pescar ao largo das suas costas, numa zona que se estende até às 200 milhas. A UE vende depois, a preço reduzido, as licenças aos seus pescadores. Acrescenta-se-lhes uma armada de embarcações de pesca ilegais, com pavilhões de fora da Europa."

16 de maio de 2008

África: mulheres e desenvolvimento económico

É hoje banalizado o conhecimento da importância de ter as mulheres com protagonismo e educação para se ser eficaz no domínio do desenvolvimento económico. Esta história do washingtonpost.com sobre o Ruanda, Women Rise in Rwanda's Economic Revival, valida, obviamente, essa percepção, mas o conteúdo do que diz é, apesar disso, um tanto quanto inesperado pela dimensão positiva do fenómeno nesse país - por outro lado, aquilo que se aponta quanto ao comportamento inadequado do género masculino, por aquelas paragens, dá que pensar (como é óbvio, existe o peso de condicionantes sociológicas e históricos a explicá-lo, mas será que explica tudo?). Um excerto:
"In the 14 years since the genocide, when 800,000 people died during three months of violence, this country has become perhaps the world's leading example of how empowering women can fundamentally transform post-conflict economies and fight the cycle of poverty. That is particularly clear here in Maraba, a southern village where a host of women -- largely relegated to backbreaking field work in the days before the genocide -- found unwanted opportunity in the fertile lands they would inherit from slaughtered husbands, fathers and brothers."