Artur Lima, do PP, alertou para o facto do cabeça de lista do PS, Vital Moreira, ser "um comunista disfarçado; um inimigo figadal da autonomia" e que votar na lista do PS "é votar no Partido Comunista; é votar em Sócrates".
Artur Lima deveria ter sido mais completo no seu esforço de consciencializar os cidadãos eleitores açorianos, e ter acrescentado o facto, sobejamente conhecido, de Vital Moreira ser um Illuminati e um cristão novo encapotado; um Rosa-Cruz; membro não assumido do ramo esquerdista (pouco conhecido, é bom reconhecê-lo) da Opus Dei (ligação ao movimento dos padres operários); membro destacado da Sociedade de Thule com ligações fortes à Ordem dos Templários (não a oficial, assentue-se); um adepto dos Bene Gesserit, mas, também, o que não deverá surpreender, conhecendo o seu perfil, um membro do Ichwan Bedwine (se não sabe, não pergunte!); e muito mais, poderia acrescentar (na verdade, como alguns amigos, e outros não tão amigos como isso, podem testemunhar, conheço alguma coisa desses meios, embora, deva confessar, acabar por ficar confuso, por vezes, ao tentar estabelecer os nexos de causalidade entre eles).
Temos de convir que Vital Moreira é uma personalidade complexa, de quem nem se sabe metade, e a sua eleição terá implicações que vão muito para além daquilo que Artur Lima apontou. No entanto, como Karl Marx poderia ter dito (ponho assim, porque não tenho a certeza se ele não o disse mesmo), do mau pode brotar, dialecticamente, o bom, e o bom, neste caso, será o seguinte: com a qualidade que alguns amigos da autonomia têm, a dita, (a Autonomia), precisa, como pão para a boca, de inimigos com a qualidade de Vital Moreira (que, atrevo-me a dizer, Artur Lima não contestará, pelo menos em termos humanos e intelectuais), e, também por isso, tudo sopesado, voto nele, na minha qualidade de açoriano. PS: Fui alertado para as declarações de Artur Lima pela notícia da RTP-Açores quanto à candidata do PP reclamar a cobertura de cerca de 80% das necessidades dos Açores em energia (eléctrica, pressuponho eu) pelas renováveis. Gosto de ouvir um político dizer isso, embora, não perceba como é que se fala do assunto sem referir a questão da eficiência energética, já que, sem ela contemplada, tudo o que se possa adiantar de objectivos neste domínio, prima pela fantasia, como deveria ser bom de ver. PS (1): Discussão sobre sondagens: Margens de erro: Intervalos de confiança (só para nerds). Para quem não estiver interessado nessa discussão, mas sim para que apontam os resultados, ver o último parágrafo.