28 de fevereiro de 2010

E continua...com mais do mesmo, mas o vídeo vale a pena ver!


"A common skeptic argument is that there is no empirical evidence for man-made global warming. People who make this claim can't have looked very hard. As most don't have the time to scour through the peer-reviewed scientific literature, the multiple lines of independent evidence for global warming are given here. To make the science even more accessible in this time of multimedia and short attention spans, there is now a YouTube video outlining the empirical evidence for man-made global warming. [...]"

YouTube video on the empirical evidence for man-made global warming

27 de fevereiro de 2010

Seria uma sequência interessante (tenebrosa) para o Avatar, mas não teria o mesmo sucesso comercial

"The anticipation may be building, but we’ll all have to wait for the 82nd Academy Awards on March 7th to find out just how many Oscars the global box-office smash Avatar will receive. [...] But there’s an even bigger question absorbing Avatar’s millions of fans: What will Cameron, who has already indicated that he’s planning to write a novel based on Avatar, do for a screen encore?  As it happens, I have a suggestion: skip the sequels on faraway Pandora’s sister worlds, and do the prequel.

Admittedly, the movie I have in mind (set in a world that Avatar hints at) would lack the blue-skinned Na’vi people, but it would still feature Jake Scully, this time in his real body, on the most intriguing planet of all: Earth.  And given a global audience that can’t get enough of Cameron’s work, how many wouldn’t pay big bucks for a chance to take a Pandora-style, sensory-expanding guided tour of our own planet?  It would be part of a harrowing tale of environmental degradation, resource scarcity, and perennial conflict in the twilight years of humanity’s decline.  Think of it as Avatar: Earth’s Last Stand.[...]"

Avatar: The Prequel | Grist: a nota é, em si mesma, um bom exercício de construção de um cenário para o nosso futuro: a ler.

É sobre algumas idéias feitas quanto à inovação, mas tem aplicação em outros domínios

"5. 'There is a huge gap between how an innovator sees the world and how others see the world. Howard Aiken, a famous inventor, said, 'Don't worry about people stealing an idea. If it's original, you will have to ram it down their throats.'' 

6. 'The love of new ideas is a myth: we prefer ideas only after others have tested them. We confuse truly new ideas with good ideas that have already been proven, which just happen to be new to us. The paradox is that the greater potential of an idea, the harder it is to find anyone willing to try it.”"

"9. 'The myth that the best idea wins is dangerous. The goodness or newness of an idea is only part of the system that determines if it will win or lose.'

Ten Myths of Innovation:  Scott Berkun, The Myths of Innovation

Leituras sobre a conjuntura (política) portuguesa

  • arquivo: O exemplo de Figo| Pedro Adão e Silva: "Dificilmente haverá exemplo mais acabado da disfuncionalidade a que chegou a nossa vida política e económica do que o caso Figo. [...] Mas o caso Figo tem outra face: os partidos, em acentuada trajectória de descrédito social, procuram compensar a credibilidade perdida através de uma colecção de cromos que vai sendo exibida ao lado dos líderes. As máquinas partidárias, devidamente fustigadas, interiorizaram a sua própria falência e vivem deslumbradas com o apoio de uns quantos notáveis. É pouco provável que haja ganhos eleitorais significativos com estas aparições em campanha. As razões das escolhas eleitorais são outras e, paradoxalmente, o investimento nos notáveis convive com uma negligência dos partidos nos factores que enraízam mais as escolhas. [...]"
  • arquivo: Sinais de crise sistémica|Pedro Adão e Silva: "[...] Num cenário de degradação genérica da imagem da actividade política, combinada com a sugestão de que há zonas cinzentas de relações promíscuas entre políticos e actividades empresariais, é o próprio sistema que sai corroído. [...]" 
  • O desmancha prazeres - Visao.pt: "[...]Fernando Nobre é um desmancha-prazeres. Ele pode até ser próximo de Mário Soares - mas os eleitores não o vêem como um socialista e, muito menos, como um homem de partido. Os portugueses têm de Fernando Nobre a ideia de uma espécie de 'santo de serviço' e será difícil denegri-lo com o rótulo de 'politiqueiro', como a candidatura de Alegre já começou a insinuar. A sua intervenção dá resposta aos bonitos discursos dos políticos que apelam à participação dos cidadãos e da sociedade civil na política - escondendo, ao mesmo tempo, a intenção de que essa participação seja devidamente enquadrada partidariamente. Pouco sinceros, os partidos não querem cativar independentes, antes pretendem angariar 'idiotas úteis'.[...]"

Leituras sobre a conjuntura grega, mas, principalmente, sobre a polémica do défice britânico


Saturno

"The small moon Janus is almost hidden between the planet's rings and the larger moon Rhea.
Credit: NASA/JPL/Space Science Institute" 

Saturn and Enceladus. 
Credit: NASA/JPL/Space Science Institute

More Jaw-Droppers from Cassini | Universe Today:


"Image: Dramatic plumes, both large and small, spray water ice out from many locations along the famed “tiger stripes” near the south pole of Saturn’s moon Enceladus. The tiger stripes are fissures that spray icy particles, water vapor and organic compounds. More than 30 individual jets of different sizes can be seen in this image and more than 20 of them had not been identified before. At least one jet spouting prominently in previous images now appears less powerful. 
Credit: NASA/JPL/SSI."

Enceladus Hotspots, and Memories of Orion|Centauri Dreams

Icebergs

 "Satellite image showing 97km (60 mile) long iceberg, right, about to crash into the Mertz glacier tongue, left, in the Australian Antarctic Territory. The collision created a new 78km-long iceberg. 
Photograph: AP


25 de fevereiro de 2010

Onde estamos, como podemos ir, e como poderá ser noutro lado


Mesmo na situação em que se vive, importa não esquecê-lo, mais que não seja porque, aborrecimentos como os ocorridos, perfilam-se no horizonte de tudo que é sítio

O :ILHAS: Os Dias Não Estão para Isto remete-nos para um vídeo do programa Biosfera, da RTP 2, de Abril de 2008, onde se denunciava a susceptibilidade da Madeira a enxurradas, potenciada e agravada pelos erros de planeamento e gestão do território, cometidos por todos. É por isso que João Jardim impõe aos jornalistas que não o questionem sobre isso. É verdade, no entanto - há que reconhecê-lo, que na Madeira, atendendo à sua orografia, o incentivo para a má-prática nesse domínio é maior (obviamente, isso não serve de desculpa).

Quanto ao facto do PS ter deixado cair o pedido de verificação da inconstitucionalidade da Lei das Finanças Regionais, embora perceba a tese de António Lobo Xavier, não vejo como este País estaria aberto à lógica  fina do seu argumento - isso de se aceitar determinadas coisas, precisa de habituação, esclarecimento, de ginástica cívica. Claro que, se Sócrates, num momento político, totalmente incomum na classe política portuguesa,  tomasse essa posição, teríamos António Lobo Xavier e o Pacheco Pereira a defenderem a sua verticalidade e coragem política (acreditam?).

Diversas sobre diversas ciências

Evolução:
 Religião:
  • A comforting myth | Ophelia Benson | Comment is free | guardian.co.uk: "Suffering is just a fact, a consequence of being organisms with nerves and brains. It doesn't do us any good" e "The idea that hardship improves us looks like a rationalisation of an old superstitious fear that too much prosperity will trigger the opposite. The gods are jealous, and if we don't have any suffering, they'll see that we get some – and they always overdo it, the bastards, so it's much better if we do it to ourselves first so that they don't come along and wallop us. It's a good bargain if it works: I give up chocolate for a month and the gods don't drop an asteroid on my head."  
Psicologia:
Biologia:

E continua... opiniões, economistas, evidências, apresentação da ciência e ciência

Opiniões versus outras opiniões:
Economistas e consequências:
Evidências:
Clima e tempo:
Sobre a apresentação da ciência do clima:
  • RealClimate: The Guardian disappoints: "Part 1 of a series discussing the recent Guardian articles: Over the last few weeks or so the UK Guardian (who occasionally reprint our posts) has published a 12-part series about the stolen CRU emails by Fred Pearce that are well below the normal Guardian standards of reporting. We delineate some of the errors and misrepresentations below. ."
Ciência:
  • Have American Thinker disproven global warming?: "American Thinker have published an article The AGW Smoking Gun by Gary Thompson who claims to disprove a key component of anthropogenic global warming. The article begins by stating '...it seems that the only way to disprove the AGW hypothesis is to address problems with the science'. This is a fair statement and a return to an emphasis on science in the climate debate is most welcome. So have American Thinker discovered a flaw in climate science that has escaped the attention of the world's climate scientists? Let's examine Thompson's article to find out."

24 de fevereiro de 2010

É mais uma observação pessoal que, possivelmente, não quer dizer nada, mas que deixou o autor da nota curioso

 

Tirado de  David Hone - Climate Change Advisor for Shell » Blog Archive » No ice.Leiam a nota que tem algum interesse.

Não sei se isto tem a ver (seriamente) conosco (Açores e Portugal Continental)

"[...]Visible satellite image of the Atlantic at 8am EST Wednesday, February 24, 2010. A developing extratropical cyclone over the middle Atlantic threatens to bring hurricane-force wind gusts to Spain and Portugal on Saturday. Meanwhile, a snowstorm over the New England is dumping heavy snows there. 
Image credit: NASA GSFC GOES project."

Tirado de Wunder Blog : Weather Underground
_______
PS: Não percebo! Pelo que ouvi seria a Madeira que poderia estar no caminho disto, ou está-se a falar de coisas diferentes? Se é o primeiro caso, então a tempestade passaria a sul dos Açores, e depois obliquaria para nordeste. A ver vamos.

23 de fevereiro de 2010

E se não tiver sido assim?

"Em Junho, da primeira vez que foi confrontado na AR com a possibilidade de negócio, alegou desconhecimento. A narrativa, devidamente baseada em escutas descontextualizadas, sugere-nos que Sócrates mentiu aos deputados. Vozes da 'política de verdade' têm, aliás, alegado o mesmo. Somos levados a acreditar na imagem de um primeiro-ministro mentiroso. Tudo vai nesse sentido. Tanto mais que Sócrates tem revelado uma preocupação inusitada com o que a comunicação social diz de si, o que se traduzirá automaticamente num impulso controleiro de facto. Conclusão: Sócrates não só saberia do negócio como seria autor moral da sua concretização. 

E se não tiver sido assim? A pergunta é tão insólita que ninguém está disposto a colocá-la. A tendência é de tal modo claustrofóbica que se surgirem factos que contrariem a narrativa, ninguém quererá saber da força dos factos. Contra factos, o que conta é a narrativa, ardilosamente construída. Depois de três meses fechado numa gaveta, contribuindo para o adensar das suspeitas, na sexta-feira passada foi tornado público o despacho de arquivamento do Procurador-Geral da República - que, ao contrário de nós que conhecemos apenas o que os media querem que conheçamos, contactou com a integralidade dos elementos processuais.[...]"

Isto vem de encontro ao que tenho vindo a dizer.

Continuar a ler em  Contra factos, a narrativa | Económico| Pedro Adão e Silva

Notas de leitura

Sobre a importância das instituições:
"Greeks are fascinated by Rome's winning ways in global politics, and characteristically began to theorise some sort of explanation. Polybius [...] offers no simple answer [...] he does stress the moral impression made by Romans: " Italians in general have a natural advantage [...] in physical and personal courage, but at same time their institutions contribute very powerfully towards fostering a spirit of bravery in their young men. He also cites the Roman fear of divine retribution after death, superstition though it may be, as fostering honesty: "At any rate, the result is that among the Greeks, apart from anything else, men who hold public office cannot be trusted with the safekeeping of so much as a single talent, even if they have ten accounts and as many seals and twice as many witnesses, whereas among the Romans their magistrates handle large sums of money and scrupulously perform their duty because they have given their word on oath [...]".

Uma curiosidade: Dante, a analisar a evolução das línguas românicas, antecipa Darwin, no que respeita ao poder das mudanças graduais, e à dificuldade dessas mudanças serem perceptíveis:

"[...] These ancestral differences were the predictable result of gradual change as Darwin was to find, with a different subject matter and timescale, five centuries later: [Dante diz] "Nor should what we say appear any more strange to see a young person grown up, whom we do not see grow up: for what moves gradually is not at all recognized by us, and the longer someting needs for its change to be recognized the more stable we think it is [...]"

Tiradas das pp. 279, 321, respectivamente, do "Empires of the Word - A  Language History of the World", Nicholas Ostler (Feira do Livro).

Pais, filhos, e mobilidade social


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Social mobility: Rising sons | The Economist via The Irish Economy » Blog Archive » Social Mobility

22 de fevereiro de 2010

E continua .... Obama explica as diferenças entre clima e tempo

Obama sabe a diferença entre clima e tempo, conhecimento não dominado por alguns, e notabilíssimos, "opinion makers" portugueses. Vejam o vídeo, e leiam a nota do Climate Progress.

President Obama explains the science behind climate change and extreme weather - «Climate Progress»

Astronomy Picture of the Day - 2010 February 22: Grupo de Galáxias Hickson 31

 

Galaxy Group Hickson 31 
Credit: NASA, ESA, J. English (U. Manitoba), and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA); Acknowledgement: S. Gallagher (U. Western Ontario) 
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Explanation: Will the result of these galactic collisions be one big elliptical galaxy? Quite possibly, but not for another billion years. Pictured above, several of the dwarf galaxies of in the Hickson Compact Group 31 are seen slowly merging. Two of the brighter galaxies are colliding on the far left, while an elongated galaxy above is connected to them by an unusual bridge of stars. Inspection of the above image further indicates that the bright duo trail a rope of stars pointing to the spiral galaxy on the far right. Most assuredly, the pictured galaxies of Hickson Compact Group 31 will pass through and destroy each other, millions of stars will form and explode, and thousands of nebula will form and dissipate before the dust settles and the final galaxy emerges about one billion years from now. The above image is a composite of images taken in infrared light by the Spitzer Space Telescope, ultraviolet light by the GALEX space telescope, and visible light by the Hubble Space Telescope. Hickson Compact Group 31 spans about 150 thousand light years and lies about 150 million light years away toward the constellation of Eridanus."

Astronomy Picture of the Day, NASA (Archive, 2010 February 22) 

O percurso pessoal, científico, e político de um economista

Muito, muito interessante. Podem aprender alguma coisa do que foi a discussão económica nas últimas décadas; da evolução política norte-americana no mesmo período, e não menos importante, a razão porque Krugman se tornou economista: porque gostava de ficção científica. Pois!

A transcrição abaixo, é o final do artigo, e a última frase é terrível:

How Paul Krugman found politics : The New Yorker: "For someone else, this loss might be a devastation, but even though for thirty years thinking deeply about economics was all Krugman really cared about, he has let it pass out of his life without regret. “I think he’s happy,” his friend Craig Murphy says. “A much happier person now than when we first met him. He feels like he’s done good things, and they’re greater than what he expected when he was young. If there is sadness in him at all, I think it is a tiny core of profound sadness of the kind that the Buddha understood—that we probably can’t use human rationality to make the world all better, and it would be really nice if we were able to.”
______

Certezas


Toles on scientific uncertainty « Climate Progress

Escutas

Aquilo que Vitorino diz tem de ser relevado. Não se trata só da violação do segredo de justiça - isso terá toda a gravidade que lhe queiram apontar - mas, da violação do segredo de justiça selectiva, parcial, com objectivo de manipulação, e no cumprimento de agendas comunicacionais "recatadas", e à margem do jogo público democrático. E se face a uma violação do segredo de justiça integral, que expusesse à vista de todos pecados privados com implicações públicas graves, não se poderia esconder a cabeça na areia - vamos admiti-lo como questão de bom senso - como é que a violação do segredo de justiça selectiva não provoca da parte dos "opinion makers" uma denúncia inequívoca? E essa abstenção de actuação não é, igualmente, grave e significativa? - Ou será que Vitorino treslê?

A consequência, verão, daquilo que António Vitorino designa de descrédito do sistema, será mais do mesmo no futuro, e aquilo que uns fazem hoje com mais eficácia, será feito pelos outros - o ataque ao carácter como arma de ataque político, veio para ficar e a democracia pagará por isso. Na verdade, uma razão  básica e estrutural para esse tipo de actuação, para além da importância que quiserem imputar à deficiência de valores, é o analfabetismo de banda larga de grande parte da classe política portuguesa  - é a tecnologia de actuação política a que conseguem aceder - que, aliás, não destoa de tudo o resto, convenhamos.

21 de fevereiro de 2010

E continua... humor (é do tempo de Bush, mas como diz o Climate Progress não perdeu actualidade)

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Why should we believe the earth is round, just because scientists say so? « Climate Progress»

Um abraço para a Madeira, e coisas lidas sobre o país, ou que tem aplicação cá

Um abraço para a Madeira - ficam para depois outros comentários. A complacência será o grande pecado do século XXI, como o disse, na última década do século XX, The Economist. Sê-lo-á, em particular, em regiões como as nossas.
  • Constrangimentos políticos | Wolfgang Munchau| Económico: "A consolidação orçamental é a segunda prioridade. É absurdo pensarmos que o crescimento económico pode, por si só, resolver o problema da dívida. A taxa de crescimento nesta década será, muito provavelmente, mais baixa do que na década passada. A consolidação na maior parte dos países da zona euro deve seguir a via da redução da despesa e não da subida dos impostos. Em suma, temos de dar prioridade à redução dos desequilíbrios orçamentais e tomar decisões difíceis. Os líderes políticos não podem furtar-se a elas como fizeram na última década."

E continua... Documentação, humor, evidência, ciência e vídeos

Documentação: Humor, evidência e vídeos:
  • More conclusive proof of global warming « Climate Progress» : Vídeos humorísticos sobre o aquecimento global [não consigo reproduzi-los aqui] e notícias sobre as Olimpíadas de Inverno, em Vancouver: In one of the greatest coincidences in human history, Vancouver just blew out its monthly temperature records a mere three years after the Intergovernmental Panel on Climate Change said warming in the climate system is unequivocal: January temperatures were the warmest on record and the trend is continuing this month, says Environment Canada meteorologist Matt McDonald, one of 30 forecasters working the Winter Games.This year, the average temperature in January was 44.9 degrees, besting the previous warm record of 43.3 in 2006 and well above the historic average of 37.9 degrees, according to Environment Canada weather data.
Ciência, evidência e vídeos:
  • Visual depictions of CO2 levels and CO2 emissions: Diversos vídeos, e todos eles bastante pedagógicos. Só se reproduz o primeiro: "Measurements of atmospheric carbon dioxide come from more than a single station on a Hawaiian volcano. There are ground based stations scattered across the globe taking direct measurements. Three independent satellites take global CO2 measurements: the Atmospheric Infrared Sounder (AIRS) on the NASA Aqua spacecraft, Envirosat by the European Space Agency and IBUKI by the Japan Aerospace Exploration Agency. For periods before direct measurements, CO2 can be determined from Antarctic and Greenland ice cores. Here are some visual summaries of CO2 data:[...]"


Saúde e nutrição


Via ambio: Saúde e alimentação

Nota de leitura

"Uma venerável tradição da teoria política associa o acto de participar no sistema político ao desenvolvimento da lealdade à instituições. Embora um súbito acréscimo de participação possa ser desestabilizador, a oportunidade de participar e a convicção de que o envolvimento pessoal vale a pena tende a relacionar-se com a satisfação com o sistema político. Como Gabriel Almond e Sidney Verba observaram no seu clássico estudo comparativo sobre cultura política: "Aqueles que se consideram competentes para participar são igualmente os que mais tendem a acreditar que um sistema democrático participativo é o mais adequado."

A citação acima foi retirada de "Porque não houve Socialismo na América", Seymor Lipset e Gary Marks, Quetzal Editores, 2001, p.70 (Feira do Livro). Refere-se, em seguida, como exemplo do que ali é defendido,  o aumento do número dos eleitos nos EUA, no seguimento das reformas jacksonianas, na  terceira década do século XIX, mas penso que a militância partidária, quando devidamente enquadrada e incentivada, funciona como uma boa proxy dessa experiência - a experiência dos partidos sociais-democratas e comunistas, nos seus melhores tempos, comprova-o.

Assim é...mas, há momentos em que as evidências são mais evidentes, ou em que as verdades são mais prementes

"Um político pensa na próxima eleição; um estadista pensa na próxima geração"

James Freeman Clarke, citado por Vítor Bento, em "Perceber a crise para encontrar o caminho", bnomics, 2009 (ver aqui).

18 de fevereiro de 2010

Leituras sobre problemas de como se faz política

A primeira referência diz respeito a algumas disfuncionalidades no modo como se faz política nos EUA,  mas algumas das coisas apontadas, verificam-se em todo o lado - por outro lado, aquilo que se diz , no resto não transcrito, sobre como os técnicos e os cientistas podem influenciar a opinião dos políticos tem aderência à realidade. A segunda refere um conceito a que me tinha referido já aqui, mas a que volto, para  transcrever a nota da Wikipédia sobre ele.  
  • The Oil Drum | A Politician's View of Policy Making: "Jeffrey Sachs, economic advisor to the UN, in his recently published article, Fixing the Broken Government Policy Process , articulates four manifestations of the breakdown in Washington: 1. Inability to focus beyond the next election 2. Decisions are made through negotiations with those who will be funding the next election (i.e. industry lobbyists) 3. Technical expertise is ignored or bypassed 4. The public is largely excluded from the process Sachs asks, “How can business and government work together without policies falling prey to special interests?” He suggests that government initiate a more “open, transparent and systematic public-private policy process in each major area of sustainable development”—high-level roundtable proceedings that are open to the public, web-based, and include representatives from private business, nongovernmental organizations, government officials, scientists, and engineers. While this all sounds good in theory, my eight years in public office tells me that one more group, no matter how it is constituted, issuing one more report, is not going to drive better public policy."
  • Overton window - Wikipedia, the free encyclopedia: "The Overton window is a concept in political theory, named after its originator, Joe Overton, former vice president of the Mackinac Center for Public Policy. It describes a 'window' in the range of public reactions to ideas in public discourse, in a spectrum of all possible options on an issue. [...] Overton described a method for moving that window, thereby including previously excluded ideas, while excluding previously acceptable ideas. The technique relies on people promoting ideas even less acceptable than the previous 'outer fringe' ideas. That makes those old fringe ideas look less extreme, and thereby acceptable. The idea is that priming the public with fringe ideas intended to be and remain unacceptable, will make the real target ideas seem more acceptable by comparison. The degrees of acceptance of public ideas can be described roughly as: * Unthinkable * Radical * Acceptable * Sensible * Popular * Policy The Overton Window is a means of visualizing which ideas define that range of acceptance by where they fall in it, and adding new ideas that can push the old ideas towards acceptance merely by making the limits more extreme."

Mais sobre o pico da energia

  • A foreshadowing ignored - The Globe and Mail: "[...]Will the depletion of a nonrenewable and essential resource like oil cause a cataclysmic shock to our economic system? Will the demise of oil happen rapidly? Will its depletion render obsolete, within a very short time, much of the road infrastructure, the suburban housing, the dispersed shopping malls, the stocks of trucks and cars, as well as all the industries that are dependent upon the long-distance shipment of goods?" No que se segue vem uma boa síntese do modo como os economistas, em geral, tendem a analisar a problemática dos recursos não renováveis.

No entretanto, do outro lado do Atlântico

Aquilo que acontece nos EUA tem lições para todos nós, mas algumas delas têm de ser qualificadas, se se pretender utilizá-las para apoiar teses sobre a nossa situação. Por exemplo, o problema da infraestruturação, ou da sua renovação, não é o mesmo que existe em Portugal, quer pela intensidade do problema, quer pelas implicações diferentes do seu financiamento. Quanto muito, o que sucede nos EUA, ilustra até onde nos pode levar uma deriva conservadora ao longo de três décadas, assente num economia desregulada em todos os domínios. Os gráficos de comparação entre os EUA e a China são, em si mesmo, muito esclarecedores.
  •  Jeff Sachs on the Deficit « The Baseline Scenario: "[...] “Policy paralysis around the US federal budget may be playing the biggest role of all in America’s incipient governance crisis. The US public is rabidly opposed to paying higher taxes, yet the trend level of taxation (at around 18% of national income) is not sufficient to pay for the core functions of government. As a result, the US government now fails to provide adequately for basic public services such as modern infrastructure (fast rail, improved waste treatment, broadband), renewable energy to fight climate change, decent schools, and health-care financing for those who cannot afford it. “Powerful resistance to higher taxes, coupled with a growing list of urgent unmet needs, has led to chronic under-performance by the US government and an increasingly dangerous level of budget deficits and government debt.That’s part of a longer article, “Obama in Chains,” on the challenges presented by political polarization. Sachs seems generally sympathetic to Obama, although he criticizes him for his pledge of no new taxes on the “middle class” and ruling out a value-added tax."
  • Op-Ed Columnist - What’s Wrong With Us? - NYTimes.com: "The great danger right now is that we will do exactly the wrong thing, that we’ll turn away from our screaming infrastructure needs and let the deterioration continue. With infrastructure costs so high (the needs are enormous and enormously expensive) and with the eyes in Washington increasingly focused on deficit reduction, the absolutely essential modernizing of the American infrastructure may not take place. That would be worse than foolish. It would be tragic."



O momento da Zona Euro (VII) - Estrutura da Zona Euro e Grécia, e mais Grécia

  • Rising wages in China are a good thing: "[...]Unfortunately the euro today imposes a kind of gold standard on European countries – it forces them to adjust to excessively high domestic prices, large trade deficits, and/or large fiscal deficits in the same way they would have had to adjust under the gold standard, and I don’t think that is politically likely to be acceptable.  The countries that need depreciation to regain competitiveness or monetization of the debt to regain control of the deficit will have to choose between adjusting via deflation and high unemployment or exiting the euro.  Politics makes the latter more likely.There is one other way out, perhaps.  Martin Wolf discussed it last week in an important Financial Times article called “Europe needs German consumers”.  Wolf argued that trade imbalance within Europe helped to create the subsequent and damning financial imbalances, and that without resolving the trade imbalance it is pretty pointless to talk about fiscal belt-tightening and lower wages as the means by which the problems of outer Europe will be resolved.[...] O artigo fala ainda da China, no contexto da resolução dos desequilíbrios económicos mundiais.
  • Keynes can help the eurozone | George Irvin | Comment is free | guardian.co.uk: "Much is being made of the pressure on the euro arising from the sorry state of Greek finances, and of the further risk posed by Portugal, Spain, Ireland and even Italy. What would a rational economic response to this crisis be? Broadly, there are four principles at issue. First, are sharp budgetary cuts desirable in a recession? Second, is a fall in the euro calamitous? Third, should the eurozone be prepared to bail out individual members who get into trouble? And, finally, is the economic architecture of the eurozone adequate to dealing with the problem?"
  • Walker's World: Greek tragedy unfolds: "[...]Germany is relatively prosperous because its voters and workers acquiesced in keeping real wages static for more than 10 years, in order to ensure that German industry remained competitive. Meanwhile, the Greeks and Italians and Spaniards exercised no such discipline and saw their competitiveness decline against Germany by 30 percent over the same period. So German voters and politicians are in no mood to bail out bankrupt Mediterranean countries now [...].
  • Gmail - RGE's Wednesday Note - The Greek Picture Complicates Further: Is the IMF the Solution? - jmcgmatias@gmail.com: "After years of running alternatively private and public sector deficits, Greece needs to implement not only fiscal constraints but also deep structural reforms in order to improve the country’s relative competitiveness and put it on a sustainable growth path. Importantly, Greece is not the only country facing a competitiveness issue—other countries such as Portugal, Spain, Ireland, and Italy face similar longer-term issues. As Dr. Roubini and Arnab Das note, there are only three ways to restore competitiveness: first, a decade of deflation that leads to a reduction in traded goods prices and domestic private wages; second, an acceleration of structural reforms could increase labor productivity while private and public wage growth is kept in check (this is the path that Germany took in the aftermath of the reunification boom and bust in the early 1990s); third, the euro could weaken—though this still would not solve the intra-EMU competitiveness gap. As the German experience shows, the strucural reform process takes time. Unlike Germany two decades ago, however, "
  • FT.com / Comment / Analysis - The eurozone: Athenian arrangers: "As the crisis around Greece’s public finances has deepened in recent weeks, Greek and other European officials have been expressing growing unease – if not outright anger – about the role played by western investment banks and hedge funds. That is partly because of the manner in which hedge funds and others are perceived to be betting against the euro in general, and the debt of economically “peripheral” countries such as Greece in particular, by using derivative instruments such as credit default swaps. But it also stems from the role that Wall Street titans such as Goldman have played in helping Greece and other eurozone countries to massage their debt data over the past decade to meet European limits – and thus to mask some of the fiscal woes that have now come back to haunt international markets."

E continua... Clima/tempo, ciência, negacionismo e evidências

Clima e Tempo:
  • Op-Ed Columnist - Global Weirding Is Here - NYTimes.com: "Avoid the term “global warming.” I prefer the term “global weirding,” because that is what actually happens as global temperatures rise and the climate changes. The weather gets weird. The hots are expected to get hotter, the wets wetter, the dries drier and the most violent storms more numerous. The fact that it has snowed like crazy in Washington — while it has rained at the Winter Olympics in Canada, while Australia is having a record 13-year drought — is right in line with what every major study on climate change predicts: The weather will get weird; some areas will get more precipitation than ever; others will become drier than ever."
  • Is “Global Weirding” here? « Climate Progress: "We are engaged in a multi-year messaging struggle here.  The planet is going to get hotter and hotter, the weather is going to get more extreme.  One of the reasons to be clear and blunt in your messaging about this is that even if you don’t persuade people today, the overall message will grow in credibility as reality unfolds as we have warned.  To shy away from telling people the truth because they don’t want to hear it or they think it’s liberal claptrap is just incredibly un-strategic.  Some groups, like EcoAmerica, doesn’t want people to talk about “global warming.”  And — even worse — they don’t want people to talk about extreme weather, which, as I have previously argued, is in fact the same thing that the climate deniers want — see “Why do the deniers try to shout down any talk of a link between climate change and extreme weather?“  You must tell people what is coming, not just because it is strategic messaging, but also I believe because we have a moral responsibility." 
Economia:
Ciência (e negacionismo, também):
 
Time series of global mean heat storage (from 0 to 1.24 miles).
  • Part 2: A Scientist’s Defense of Greenhouse Warming - Dot Earth Blog - NYTimes.com: "Here’s the second (and final) installment from Andrew A. Lacis of NASA’s Goddard Institute for Space Studies providing more detail on his view of the evidence showing a human warming influence on the climate. [A primeira parte está imediatamente acima.] This post builds on his earlier efforts here to challenge arguments of skeptics of human-driven warming. (I’ve added a link or two to Web sites explaining some of the acronyms.)" 
Negacionismo:
  • RealClimate: Whatevergate: "However, since the emails were released, and despite the fact that there is no evidence within them to support any of these claims of fraud and fabrication, the UK media has opened itself so wide to the spectrum of thought on climate that the GW hoaxers have now suddenly find themselves well within the mainstream. Nothing has changed the self-evidently ridiculousness of their arguments, but their presence at the media table has meant that the more reasonable critics seem far more centrist than they did a few months ago. [...] All of these stories are based on the worst kind of oft-rebunked nonsense and they serve to make the more subtle kind of scepticism pushed by Lomborg et al seem almost erudite." A dado passo, fala-se da Overton window: é um conceito interessante, e tem a ver com o modo como evoluem as percepções das pessoas sobre a razoabilidade, a plausibilidade, a aceitabilidade, das opiniões, das teses, das proposições - para dar um exemplo, quando um político do PSD regional, defendeu a necessidade de ligar algumas das ilhas dos Açores por túneis (à canal da Mancha), a reacção que recebeu demonstrou que a sua opinião estava, por uma grande distância, fora da Janela de Overton da problemática das comunicações insulares. 
  • Did Phil Jones really say global warming ended in 1995?: "A headline in the Daily Mail has spread like wildfire, claiming that Phil Jones, ex-director of the University of East Anglia’s Climatic Research Unit, said 'there has been no global warming since 1995'. Not only did Phil Jones not say these words, this interpretation shows a poor understanding of the scientific concepts behind his words. To fully understand what Phil Jones was saying, one needs to read his actual words and understand the science discussed. Here is the relevant excerpt from the BBC interview:"  
Evidências:
  • Greenland: Fjords Contribute to Melting of Glaciers | Climate Ark: "Greenland`s glaciers are melting faster than they used to, contributing to the rise of sea levels worldwide. While warmer atmospheric temperatures thin all the glaciers from above, scientists have wondered if warmer waters are also melting the many glaciers that flow into the fjords. Two studies published in Nature Geoscience provide evidence that this is the case."

Política e Comunicação Social

Assisti à entrevista de Pedro Passos Coelho na SIC Notícias. Fiquei bem impressionado com a sua actuação, e, nalgumas coisas que disse, foi corajoso. Obviamente, não concordei com a defesa da saída do Estado da comunicação social. Uma coisa é preservar, política e institucionalmente, a Comunicação Social da dependência do poder político, continuando parte dela a ser pública; outra coisa é a necessidade preservar uma oferta pública na produção de notícias, concorrente da actividade privada, de modo a minimizar a outra dependência possível: a do poder económico.

No entretanto, há mesma hora daquela entrevista, decorria a entrevista de Manuela Ferreira Leite na RTP1. Coincidência decerto. Se não fosse coincidência estaríamos face a uma evidente manipulação da agenda noticiosa da televisão pública aos interesses de um dado sector do maior partido da oposição.

No entretanto, estou, minimamente, de acordo com aquilo que transcrevo abaixo:

Mudar para ficar tudo na mesma - Visao.pt: "O 'polvo' de que fala o jornal Sol está aí e está aí para ficar. O polvo chama-se, é sabido, uma escandalosa e crescente promiscuidade entre os poderes económico e político. O polvo, esse polvo que tanto é rosa como laranja, está montado para servir todos os poderes, quaisquer que sejam os seus protagonistas, qualquer que seja o partido no Governo. Por razões que, de resto, são bem fáceis de entender. Desde logo, porque poucos governos (se é que algum) resistem à tentação de não usar em proveito próprio as estruturas de poder que os seus antecessores diligentemente montaram. Por muito que se grite na oposição, por muito grandiloquentes que sejam as proclamações que se façam, o apelo de uma bem oleada máquina de influência é simplesmente grande de mais para que não se tire partido dela quando mudam as marés. Nesta matéria raramente se anda para trás. E cada novo patamar é sinónimo de uma democracia mais frágil, mais aprisionada, menos substantiva. Depois, porque o poder económico que se deixa atrair para este jogo perverso de interesses não tem exactamente uma grande fidelidade ou uma enorme coerência ideológica. Hoje serve-se o PS, amanhã é-se do PSD desde pequenino. Pelo meio, se necessário for, jura-se amor ao PP, ao PC, ao Bloco."
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PS: Por outro lado, surge a nova candidatura à Presidência da República. Eventualmente, pode-me resolver um problema pessoal de cidadania. A ver vamos.

Isto tem a ver com o futuro que, espero, venha a ser o dos nossos descendentes...

 Clicar para aceder a versões maiores

"The WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) mission isn't wasting any time in making observations and releasing images. Already the new infrared observatory has spied its first comet and first near Earth asteroid, and today released a 'sweet' collection of eye candy from across the universe. 'We've got a candy store of images coming down from space,' said Edward (Ned) Wright of UCLA, the principal investigator for WISE. 'Everyone has their favorite flavors, and we've got them all.'" 

Astronomical Eye Candy from WISE First Images | Universe Today

17 de fevereiro de 2010

Os municípios espanhóis face à crise (ou outro episódio de "benchmarking")

Não percebo se o relatado é extensivo a toda a Espanha, ou se se restringe à região donde o jornal é. Em todo o caso, dá que pensar:

La indigencia municipal. La Verdad: "Una decena de alcaldes ha pedido auxilio al Gobierno regional para cambiar inversiones por ayudas para pagar las nóminas Amenazas de corte de luz, demandas por el impago de deuda, retrasos en las nóminas... Los ayuntamientos capean a duras penas los estragos de la crisis económica"

Avatar

Sinceramente, não pensava voltar ao assunto, mas para provar que a direita, nomeadamente a norte-americana, foi capaz de perceber que estava face a algo não trivial, e desagradável para o que representa, ver a notícia, que se referencia abaixo, do aproveitamento que muita, e boa gente, a nível mundial está a fazer do filme para realçar a injustiça de que está a ser alvo:

Avatar: an all-purpose allegory | FP Passport: "James Cameron's sci-fi epic Avatar has becoming something of a political rorsarch test around the world. The story of the alien Na'avi's struggles against the invasion of Earth's military-industrial complexhas taken on some surprising allegorical means for movements around the world [...]"

"Benchmarking"

Ora bem: se lerem isto, não perdem o seu tempo: é uma análise do sistema político irlandês à luz dos desafios colocados pela crise: veja as diferenças e as semelhanças. Recomendo vivamente.

Começo por uma citação, e depois pelo abstract da análise.

Citação:

"We need a political system that encourages strategic thinking"
 Michael O'Sullivan, Irish Times, 14 April 2009. Pois!

Abstract: 

The Impact of the Crisis on the Irish Political System Niamh Hardiman

"The international financial crisis manifests itself in Ireland not only as a crisis of the banking system, but also as a major fiscal crisis, aggravated by years of soft revenue policy and a housing bubble that has burst spectacularly. The severe drop in economic output results in a crisis of employment and a definitive end to the ‘Celtic Tiger’ era of rapid growth and nearfull employment. Although the political system has proven resilient thus far, with membership of the Euro preventing the catastrophic political crises that affected Latvia and Iceland, for example, the crisis has revealed significant weaknesses in political system. This paper considers institutional shortcomings in three arenas through which policies to deal with the crisis must be managed: the parliamentary system, the public administration, and social partnership structures."

O colapso do Império Romano do Ocidente

O gráfico acima, mapeando a dimensão do exército romano ao longo dos séculos, foi retirado de  File:Roman-military-size-plot.png - Wikipedia, the free encyclopedia

A questão de saber a razão, ou as razões que explicam a queda do Império Romano do Ocidente (as consequências são referidas aqui), remontam pelo menos, pelo que sei, a Gibbon: a ascensão do cristianismo. H.G. Wells referia, em The Outline of History (1920), entre outras razões, o facto do Império Romano não ter conseguido reduzir a extensão da sua fronteira, do "limes" romano, levando-a a posicionar-se na distância mais curta entre o Báltico e o Mar Negro (numa das referências abaixo é referido os custos da extensão da fronteira norte e, é um facto, houve a tentativa de levar a fronteira romana até ao rio Elba, com Augusto). Num livro lido há poucos anos, era referido que o Império Romano do Oriente não tinha caído devido à linha de defesa natural que é o conjunto de estreitos (e o mar de Mármara) ligando o Mediterrâneo ao Mar Negro. Outra prende-se com a dimensão crescente das despesas militares romanas: li que o peso dessas despesas foi aumentando à medida que aumentava o período de vida do Império (o gráfico acima, substantiva a tese, mas o que se diz aqui, não, ao contrário do que se diz, numa leitura rápida, aqui). Mas as razões conjecturadas, multiplicam-se, como seria de esperar, face à realidade global e complexa da sociedade romana. As referências abaixo, obtidas via The Oil Drum | Drumbeat: February 12, 2010, apontam para outras possibilidades, discutindo-as como é feito no primeiro caso (início não muito bom, mas vale a pena ler até ao fim) onde se afirma que as sociedades complexas colapsam de modo complexo (sobre  isso ler aqui, também)
  • The Oil Drum: Europe | "Peak Civilization": The Fall of the Roman Empire: "A complex entity should fall in a complex manner, and I think it is correct. In Tainter's view, societies always face crisis and challenges of various kinds. The answer to these crisis and challenges is to build up structures - say, bureaucratic or military - in response. Each time a crisis is faced and solved, society finds itself with an extra layer of complexity. Now, Tainter says, as complexity increases, the benefit of this extra complexity starts going down - he calls it 'the marginal benefit of complexity'. That is because complexity has a cost - it costs energy to maintain complex systems. As you keep increasing complexity, this benefit become negative. The cost of complexity overtakes its benefit. At some moment, the burden of these complex structures is so great that the whole society crashes down - it is collapse. I think that Tainter has understood a fundamental point, here. Societies adapt to changes. Indeed, one characteristic of complex systems is of adapting to changing external conditions. It is called 'homeostasis' and I tend to see it as the defining characteristic of a complex system (as opposed to simply complicated). So, in general, when you deal with complex systems, you should not think in terms of 'cause and effect' but, rather, in terms of 'forcing and feedback'. A forcing is something that comes from outside the system. A feedback is how the system reacts to a forcing, usually attaining some kind of homeostasis. Homeostasis, is a fundamental concept in system dynamics. Something acts on something else, but also that something else reacts. It is feedback. It may be positive (reinforcing) or negative (damping) and we speak of 'feedback loops' which normally stabilize systems - within limits, of course. Homeostasis has to be understood for what it is. It is not at all the same thing as 'equilibrium' as it is defined in thermodynamics. For example, a human being is a complex system. When you are alive, you are in homeostasis. If you are in equilibrium, it means that you are dead. Homeostasis is a dynamical equilibrium of forces."
  • The Oil Drum: Europe | Peak soil: "Was the Roman Empire doomed by the loss of fertile soil to erosion? This is a much discussed point that I also examined in a study of mine on the fall of the Roman Empire. Fertile soil generates food that, in turn, causes population to increase and that is what makes an empire able to expand, as all empires do. But fertile soil is also subject to overexploitation. It is fragile; is easily washed to the sea by rain. And, when it is gone, it takes centuries, at least, to reform. So, did the Roman Empire collapse because of soil loss? Historians are still debating this point but, in this book, 'Dirt', David Montgomery makes a forceful case that soil erosion was a major cause of the decline of the Roman economy and that, in general, it strongly affected ancient civilizations. Montgomery connects the dots of what we know and shows - among other things - that the Romans clearly understood the importance of agriculture in their economy. Yet, they never were able to understand the role of soil erosion. Of course, there are alternatives to the simple linear chain of positive feedbacks that goes as more people -> more land cultivated -> more erosion. The sources tell us that many fields went uncultivated at the time of the Roman Empire and that suggests the possibility of a problem of underpopulation. The military needs of the late Empire were so strong thet there were not enough people left to cultivate the land. There is also evidence of droughts at the time of the decline of the Empire which would have affected agriculture, too. None of these explanations excludes the others. In a complex system, there is no simple cause and effect relation. Everything affects everything else and you need good quantitative data to understand the weight of all the factors involved. Unfortunately, good quantitative data is exactly what we are missing for the Roman Empire. But, on the whole, it is clear that soil erosion is a major element at play in the decline of civilizations. The Romans, as many other civilizations before and after them, were destroying their resource base, soil, and they never were able to replace it."
Obviamente, que a questão é importante, a mais de um título, para o que se viverá no século XXI. Leitura aconselhada. Sobre o tópico do colapso ver neste blogue, via "motor de busca" [canto superior direito] sob as palavras: "Jared Diamond".

16 de fevereiro de 2010

Isto está a acontecer nos Açores? Obviamente, estou a referir-me à relação entre hábitos alimentares, doenças e despesas do Serviço Regional de Saúde.

Open Left:: Soda mapped vs. diabetes-Michael Pollan on the deeper story & a proposal for taming corporate power: "Jill Richardson at La Vida Locavore has a diary. 'Soda Consumption vs. Diabetes' with some interesting maps--generated from the government's a new online interactive food atlas--particularly these two:  One of the most pernicious ways in which corporate well-being conflicts with human well-being is clearly visible in these two maps, the larger contours of which--the ways in which corporate food makes us sick

Michael Pollan: Of the money we spend on healthcare, about $2.3 trillion, three-quarters of that goes to treat chronic diseases that are preventable. Now, they're not all food-related, but most of them are. You've got smoking and alcoholism in there, and I don't know where you want to count alcoholism. But, you know, upwards of $500 to $750 billion we are spending to deal with the consequences of this diet. It's remarkable it's not a more central part of the conversation. Actually, it's not remarkable. Nothing related to fundamental solutions can get anywhere near the conversation, because everything related to fundamental solutions is a threat to corporate profits, which makes it a target for corporate power. And corporate power likes nothing better than a pre-emptive strike."

Mais um gráfico de Portugal: rácio da dívida das famílias e o rendimento disponível

Household leverage ratios: Debt to disposable income
 
"From 1997 to 2007, the U.S. household leverage ratio rose by 42 percentage points. Other countries experienced a greater increase in household leverage over the same period, including Ireland (+85 points), Netherlands (+82 points), Denmark (+69 points), Portugal (+65 points), Spain (+52 points), United Kingdom (+52 points), and Norway (+50 points). At the other end of the spectrum, leverage ratios rose only modestly in Austria (+13 points), Belgium (+14 points), and France (+15 points), while they actually declined in Germany (-2 points) and Japan (-5 points)."