Getting Warmer? Prehistoric Climate Can Help Forecast Future Changes
ScienceDaily (2008-11-25) -- New data on a prehistoric warm period allow for more accurate predictions of future climate and improved understanding of today's warming. Past warm periods provide real data on climate change and are natural laboratories for understanding the global climate system. Scientists examined fossils from 3.3 to 3.0 million years ago, known as the mid-Pliocene warm period. ... > read full article
agora, sobre as atribulações de um independente de esquerda nestes tempos da III República ...
30 de novembro de 2008
O CO2 tem importância (como se fosse necessário dizê-lo de novo...)
Como se envelhece na Europa (de modo diferente, conforme os países)
Grow Old In Good Health: Vast Disparity Between European Countries
ScienceDaily (2008-11-26) -- Although life expectancy is constantly growing in the countries of the EU, living longer isn't always the same as living well, and knowing to what age someone will live in good health remains a different question altogether. ... > read full article
Acidificação dos oceanos
Ocean Growing More Acidic Faster Than Once Thought; Increasing Acidity Threatens Sea Life
ScienceDaily (2008-11-26) -- Scientists have documented that the ocean is growing more acidic faster than previously thought. In addition, they have found that the increasing acidity correlates with increasing levels of atmospheric carbon dioxide. The increasingly acidic water harms certain sea animals and could reduce the ocean's ability to absorb carbon dioxide. ... > read full article
A nova economia
27 de novembro de 2008
Mais sobre as alterações climáticas
- A notícia fala da evolução (negativa) dos glaciares nos Himalaias. A importância do assunto prende-se com o facto dos glaciares serem a fonte do abastecimento de água para milhões de pessoas (estamos a falar da península hindustânica, mas a preocupação existe em outras partes do mundo como, por exemplo, nos Andes). Ler em Climate Progress » Blog Archive » Another climate impact comes faster than predicted: Himalayan glaciers “decapitated”: "If Naimona’nyi is characteristic of other glaciers in the region, alpine glacier meltwater surpluses are likely to shrink much faster than currently predicted with substantial consequences for approximately half a billion people."
- Climate Feedback: Is it a Pearl Harbor if it has to happen twice?: "Prodded by Andy Revkin at the Times, Joe Romm offers a list of 'Pearl Harbors' that might lead to the second-world-war scale of effort against climate change that he (and to an extent I) see as necessary. "
A nota referida é esta: Joe Romm on Hansen’s Mistakes, Cap’s Limits - Dot Earth Blog - NYTimes.com. Por sua vez, referencia este outro artigo: Environmental Capital - WSJ.com : Obama's Climate Challenge: What to do About China?
Situação económica: o mapa do mundo
Diversos sobre género
- Leading the Way in Political Opportunity? « Consider the Evidence. - o gráfico acima foi retirado desta nota - a evidência do poder das quotas? A evidência a contrário reside, por exemplo, no (fraco) acesso das mulheres às administrações das empresas, e nalguns sectores (caso das empresas financeiras) isso é mais marcante.
- Sarah Wildman: Pro-life activists are rethinking how to lower the abortion rate Comment is free guardian.co.uk (pois é: antes tarde do que nunca).
Deputados à escola!
26 de novembro de 2008
Leituras sobre diversos tópicos
Aquecimento global
- Not just a river in Egypt Gristmill: The environmental news blog Grist: "First is "strategic denial": someone may know very well that X is true, but deny it because denial'ss in their best interest. Think ExxonMobil. Second is "state of fear": when you are afraid something could be true, you deny the possibility. The radio story referenced women who don't check themselves for breast cancer -- not because they're not worried about it, but because they're terrified what they might find. Third is the "collapsing worldview": If X is true, then you're wrong about the world, and you'll have to reassess how you see things. If climate change is correct, those who believe the free market solves all problems will have their worldview shattered. Easier to just deny! " Ouvir, também, a este propósito: Denial near and far (9:45) PRI's The World.
Joe Romm on Hansen’s Mistakes, Cap’s Limits - Dot Earth Blog - NYTimes.com.
- Climate Progress » Blog Archive » An open letter to James Hansen on the real truth about stabilizing at 350 ppm.
Conjuntura económica (EUA e Europa)
- FT.com / Columnists / Wolfgang Munchau - Double jeopardy for financial policymakers: "In the current turmoil, accidents can pull us in vastly different directions. The unforeseeable bankruptcy of Lehman Brothers, the US investment bank, transformed a lingering financial crisis into a near-systemic meltdown. Depending on how other unpredictable events turn out in the next few weeks and months, we could end up with a deflationary depression, an inflationary boom or even one followed by the other. In such an environment, economic forecasts are useless – worse than useless, in fact, because they give us a sense of certainty where there is none."
- A reacção é, em si, instrutiva, mas remete para mais informação:"Mark Thoma has the rundown of informed reactions. A bailout was necessary — but this bailout is an outrage: a lousy deal for the taxpayers, no accountability for management, and just to make things perfect, quite possibly inadequate, so that Citi will be back for more. Amazing how much damage the lame ducks can do in the time remaining." (2008.11.27) Vejam, também, este artigo de Thomas Friedman: Op-Ed Columnist - All Fall Down - NYTimes.com.
- Climate Progress » Blog Archive » Science/IEA: World oil crunch looming? Not if we can find six Saudi Arabias!
- Top companies' peak oil warning - Scitizen. (2008.11.27) E mais este: Jeremy Leggett: A global emergency awaits us Comment is free guardian.co.uk: "By 2030 oil reserves will be depleted, investment will shrink and a global energy emergency awaits us".
- George Monbiot: The planet is now so vandalised that only total energy renewal can save us Comment is free The Guardian.
História (económica)
- The Monkey Cage: The Real Great Depression: "Forget about the Great Depression. Writing in the current issue of the Chronicle of Higher Education, Scott Reynolds Nelson, a history professor at the College of William & Mary, argues that the depression of 1929 is the wrong model for the current economic crisis. A more appropriate model is the panic of 1873. Here’s why. Forget about the Great Depression. Writing in the current issue of the Chronicle of Higher Education, Scott Reynolds Nelson, a history professor at the College of William & Mary, argues that the depression of 1929 is the wrong model for the current economic crisis. A more appropriate model is the panic of 1873. Here’s why."
País
A única crítica que pode ser assacada a Obama
25 de novembro de 2008
Prós e Contras: sobre a avaliação dos professores
Algumas coisas que retive:
- Maria do Céu Roldão falou do tipo de socialização do trabalho dos professores até agora: tendencialmente "isolado" - penso que utilizou a expressão "individualista". Naturalmente, que existe o exemplo dos colegas, o trabalho por área científica, o modo como a Escola é conduzida, os regulamentos ... mas a experiência que tenho do ensino no secundário e universitário, aponta para o bem fundado da observação, e para a limitação dessas influências externas (da sua ineficácia) sobre o trabalho de cada professor, no sentido de, de modo objectivo e operacional, induzirem a correcção de prácticas, ou o seu aprofundamento e generalização, quando se revelarem boas. Essas influências só produzirão efeitos, na medida em que a matriz de actuação de cada professor o permitir. Dito de outra forma, o trabalho excelente de um professor excelente arrisca-se a não ter externalidades positivas sobre os seus colegas, e sobre a escola onde lecciona, para além do impacto directo da sua leccionação. Escola excelente poderá ser aquela que, por um conjunto de motivos laterais (localização, por exemplo) conseguiu fixar um corpo docente de qualidade individual elevada - abstração feita das outras condições que contribuem para essa qualidade.
- Viu-se também nalgumas intervenções - infelizmente, poucas - como, apesar de tudo, a boa condução de uma escola pode influenciar não só a qualidade do seu projecto educativo; os objectivos que se propõe, como a maior, ou menor, facilidade em proceder, por exemplo, à implementação do processo de avaliação. Aliás, já se tinha percebido, que a autonomia concedida às escolas, na operacionalização dos dispositivos legais, teria conduzido - para além das dificuldades inerentes a esses mesmos dispositivos (em princípio, corrigidos agora pelo Ministério), ou da própria interpretação do Ministério (veja-se o que se diz no Expresso) - a dificuldades adicionais decorrentes de derivas securitárias e burocráticas - os protocolos de avaliação, conforme as escolas, variam muito em termos de páginas e do detalhe; os regulamentos dos alunos variam muito na interpretação do quadro legal e logo na regulamentação: caso do regulamento das faltas dos alunos.
- Ficou claro, também, se houvesse dúvidas a esse respeito, a vontade estratégica deliberada, por parte dos sindicatos, de reverter algumas (espero, que não todas) das reformas deste Governo, na área do ensino público, utilizando como alavanca o modelo de avaliação - quando, o espírito deveria ser: se está mal corrige-se, mas não se suspende.
- Não me surpreende nada, que existem sintomas de um ambiente conducente àquilo que foi designado de "pensamento único" - e isso, por diversos motivos, e por diversos canais de transmissão. Como dizia Pacheco Pereira - e só falando de alguns desses motivos -, na última Quadratura do Círculo, as reformas em países, como o nosso, dificilmente conseguem mobilizar forças endógenas para as apoiar; e as corporações defendem o status quo de forma estrénua.
Haveria mais para dizer. Um reparo, no entretanto: eu respeito muito esta equipa ministerial (e este Governo) e concordo, em princípio com a linha estratégica que seguiram - em princípio, porque se este processo falhar, impõe-se reflectir sobre o tipo de educação pública que é possível ter em Portugal, e aí tudo será diferente.
Tenho dúvidas, contudo, sobre a condução táctica e operacional do processo - Marçal Grilo, por exemplo, numa entrevista na televisão (SIC, se bem me recordo) deu a entender que neste aspecto as coisas não tinham corrido bem - e sobre a eficácia do modelo de avaliação face às necessidades do país, neste domínio.
Quanto muito, nesta estrutura do ensino público, este modelo de avaliação será o possível e o mínimo que pode ser introduzido, e aí, porventura, o seu pecado original e origem de todas as suas limitações.
Como é óbvio, também, um juízo de valor negativo sobre a condução táctica deste processo, obrigaria a alvitrar alternativas exequíveis dentro do quadro existente, respeitando sempre a necessidade da diferenciação dos professores e a não progressão automática na carreira (o regime de quotas é tão-somente um instrumento, de que, aliás, não gosto muito - deveria haver uma possibilidade regulamentar facultativa de o ultrapassar, logo que, quem a ela recorresse, pagasse o preço em termos de exigência e excelência) .
John Maynard Keynes: conselhos ao Presidente Roosevelt
- "You are engaged on a double task, recovery and reform - recovery from the slump and the passage of those business and social reforms which are long overdue. For the first, speed and quick results are essential. The second may be urgent too; but haste will be injurious, and wisdom of long-range purpose is more necessary than immediate achievement. It will be through raising high the prestige of your administration by success in short-range recovery, that you will have the driving force to accomplish long-range reform. "
- "Our own experience has shown how difficult it is to improvise useful loan-expenditures at short notice. There are many obstacle to be patiently overcome, if waste, inefficiency and corruption are to be avoided. .... "
Astronomy Picture of the Day - 25 de Novembro: Meteoro sobre o Canadá
24 de novembro de 2008
Sobre os construtores de automóveis nos EUA
Correia de Campos sobre Manuel Alegre
- "A pessoa de Alegre é incontornável, o que lhe acarreta imensas responsabilidades. Pede-se-lhe análise objectiva, não apenas comentário de conjuntura; solidez de argumentos, não apenas posicionamentos; alternativas, não apenas críticas; perspectiva estratégica, não apenas referência a esperanças de mudança; política de alianças para a governabilidade, não apenas simpatias de circunstância; postura construtiva, não apenas capital de queixa. Surpreende a ausência de qualquer posição estruturada sobre as políticas públicas de natureza social, levando a recear que prefira o imobilismo. Defende o controlo das contas públicas, mas não parece aceitar que ele só foi possível com ganhos de eficiência e esforço de sustentabilidade na saúde, na educação, na fiscalidade, na segurança social, na administração pública. Ao primeiro rugir das corporações ou dos interesses, Alegre coloca-se contra as reformas, sem entender a ligação inversa entre ambas. Ignora as escolhas que é necessário fazer todos os dias, entre manter tudo como estava, ineficaz, ineficiente, dispendioso, sem qualidade nem futuro, ou escolher o árduo caminho dos cortes na gordura, da reorientação do gasto, da prevalência do interesse público sobre o interesse de pessoas, grupos, profissões ou corporações. Alegre necessitaria do triplo do orçamento para governar. Assim todos seriam felizes, embora o país se projectasse na falência. Mas o que mais surpreende num político com a sua história e experiência é a ingenuidade com que se dispõe a pactuar com parceiros que nunca pretenderão governar, formatados para criticar, corroer, maldizer e impedir um governo à esquerda. De resto, reduz tudo a uma só aliança, com o BE. Entenderá Alegre, que pode aspirar a nova candidatura à Presidência, só com o BE, os independentes dos blogues, o PC a engolir mais um sapo, o PS por arrasto, a completar a aritmética de maioria? Com parceiros que se servirão dele como megafone do protesto, descartando-o, depois, por falta de pilhas?"
23 de novembro de 2008
Marcelo Rebelo de Sousa e o juízo da arrogância
A imagem que a Ministra da Educação tem passado não é de arrogância, mas de convicção.
Mas se a convicção é prova, ou indício de arrogância, então, inquestionavelmente, pessoas como Sá Carneiro, Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite, ... foram ou são arrogantes - eu, no entanto, nunca os considerei como tal, mas devo integrar aquele conjunto da população que é atraída pelo autoritarismo (a parte sublinhada deve ser entendida como ironia - :) ).
Lido no Expresso
- Como referência, como elemento de reflexão, na secção Notas da Católica, o artigo Avaliação das Quotas.
- Parte da entrevista com João Talone - aquela onde refere as suas preocupações com o "governo da Europa" no contexto da crise mundial: o Tratado de Lisboa não ter sido sufragado; "... acelera [a Europa] a integração e a centralização da decisão política"; "Apesar da situação macroeconómica europeia ser mais favorável e equilibrada que a dos EUA. Apesar disso tudo, o mundo prefere apostar nos EUA e no dólar, porque não acreditam no modelo de governo da Europa, que tem um risco implícito".
22 de novembro de 2008
A importância da pequena delinquência
Leituras sobre a conjuntura (II)
- Management and cash All you need is cash The Economist.
America's economy No time to waste The Economist.
The end of America's consumption boom The end of the affair The Economist.
Leituras sobre a conjuntura
- Depression analogies - Paul Krugman Blog - NYTimes.com.
FT.com / World - A week of living perilously.
Transição nos EUA
- Ministry of all the talents - Paul Krugman Blog - NYTimes.com: "Geithner at Treasury, Orszag at OMB, Summers as senior WH adviser. Think how far we’ve come from having John Snow making obeisance to Karl Rove."
Aquecimento global: Hansen faz sugestões a Obama
Lisboa na Astronomy Picture of the Day
Mais preocupações (EUA, 2009)
"Calculated Risk: Goldman Slashes GDP forecast: From Bloomberg: Goldman Slashes
U.S. Growth Forecasts, Says Recession Deepens: In a research note released this
morning, Goldman Sachs slashed their Q4 GDP forecast from a decline of 3.5%, to
a decline of 5% in Q4 (at an annual rate). They are now forecasting unemployment
will reach 9% by Q4 2009. They are also forecasting (not in Bloomberg article)
that unemployment will rise to 6.8% in November with 350,000 in reported job
losses.
This isn't quite the 'just awful' scenario, but it is pretty close."
Preocupações
No entretanto, daquele lado, como deste lado do oceano, o sistema financeiro não continua bem, ou talvez dito de outra forma, não estará a cumprir devidamente o seu papel. Veja-se esta descrição da situação:
FT.com Willem Buiter’s Maverecon Re-lend it or lose it:
"In Slovenia I have been told that the banks are both solvent and liquid. I have no way to verify the solvency claim. Based on my observations of the universal ’bankers’ Dance of the Seven Veils’ - where a deeper financial hole is revealed every time a veil is dropped - my benchmark position is that there is no such thing as a ’stand-alone’ solvent cross-border bank in the north Atlantic area any longer.
All those that keep their head above water do so because of the explicit or implicit financial support of the state, which now has effectively underwritten their balance sheet. But given the capital injections, guarantees and other forms of financial support extended by the state, a lot of banks are liquid and capable of lending. They refuse to do so.
Where just a year and a half ago, hubris, recklessness, overconfidence and rampant optimism ruled, we now have fear bordering on panic, total lack of confidence, timidity and pessimism verging on institutional clinical depression. The loan officers are brow-beaten and rendered impotent by internal risk controllers. The bean counters are in charge. ‘What you don’t lend, you can’t lose’ is the new micro-prudential ethic.
The macroeconomic consequences of this lending paralysis are potentially disastrous. It could turn a global recession into a global depression, with many years of stagnation and cumulative declines of GDP of 10 percent or more."
20 de novembro de 2008
Educação: o momento (III)
- Respeito muito esta Ministra da Educação.
Vi a entrevista de hoje, na RTP1, e gostei da argumentação, da justificação das medidas tomadas e da explicação da metodologia de actuação. O facto de recuar naqueles aspectos, sendo justificado em termos substantivos - é sempre bom corrigir o que está errado -, representa um bom passo táctico na defesa do que é essencial no processo, já que, nomeadamente, permitirá (possivelmente) uma descolagem da opinião pública da razoabilidade da argumentação contrária: se o Governo não pode ignorar a dimensão das manifestações, os sindicatos não podem ignorar o impacto de tudo isto na opinião pública, que interiorizou, de modo definitivo, a necessidade da avaliação - penso ser essa a grande vitória do Governo neste processo: daí ninguém contestar (oficialmente) a avaliação.
A opinião de Pedro Adão e Silva sobre este processo (ver aqui), mesmo discutível - como é que se poderia ter feito de modo diferente? - merece ser considerada. Note-se que eu considero, em tese, que poderia ser feito de modo diferente: não existem é os instrumentos políticos para tal (já escrevi sobre isto neste blogue, mas não consigo identificar a nota).
No entretanto, aguardo com curiosidade as próximas sondagens.
Depois de ver a entrevista, assisti à Quadratura do Círculo, e a parte relativa à discussão do problema da educação, como aliás sucedera na semana passada (ver aqui), foi muito boa. A parte da intervenção do Pacheco Pereira onde faz o juízo de realidade do que se passa merece a minha concordância; acompanho-o na preocupação quanto às consequências de uma eventual "derrota" da Ministra e constato a avaliação que faz do posicionamento do seu partido nesta questão; depois disse coisas não triviais mas merecendo qualificações, ou discordância: sobre o modo como correu o processo, como foi conduzido, das consequências políticas do recuo/correcção de hoje... Os outros intervenientes estiveram também muito bem e fizerem essas qualificações, ou manifestaram essas discordâncias (eu protesto colocar nesta nota - em P.S. - a ligação ao vídeo tão-depressa seja colocado na SIC on-line).
19 de novembro de 2008
E lá vamos nós...
"NOAA’s National Climatic Data Center reports: Based on preliminary data, the globally averaged combined land and sea surface temperature was the second warmest on record for October and ninth warmest on record for the January-October year-to-date period."
O momento do PSD
- Eu recordo-me de ver Manuela Ferreira Leite (MFL), na altura Ministra da Educação, num debate televisivo com dirigentes sindicais, a interpelá-los sobre a dificuldade (impossibilidade) de se acordar num modo de afastar os maus professores do ensino público. Depois, é claro, houve a sua posição sobre a necessidade de manter a avaliação dos professores, e depois houve o que se sabe.
Teoricamente, a credibilidade de um partido seria fundada na sua actuação, quer no governo, quer na oposição. Não creio que isso seja assumido na prática política - espera-se subir ao poder, objectivamente, na base estrita dos erros e/ou erosão política dos outros (é aquilo que designo como a tese trivial do rotativismo). Essa convicção é, aliás, transformada em "lei", o que desobriga as oposições de um trabalho adequado e desculpa todo o tipo de tacticismos.
Se a credibilidade de um partido depende da sua actuação na oposição, e se no caso do PSD é relevante para a sua afirmação eleitoral o posicionar-se como partido reformista, aquilo que tem vindo a suceder faria diminuir, de modo significativo, as suas hipóteses de vitória eleitoral em 2009, mesmo que essa vitória fosse tão-somente retirar a maioria absoluta ao PS. No entanto, talvez isso não seja relevante, e a "lei" venha mesmo a confirmar-se no próximo ano, mas, em todo o caso, a actuação do PSD dar-nos-ia sempre indicações de como iria actuar no Governo. E aí as notícias são más.
O PSD alinhou-se mal, inábil e oportunisticamente, nas questões da educação. Poderia ter-se demarcado do Governo PS sem comprometer o estatuto, que reivindica, de partido reformista. O PSD tornou-se num vulgar "compagnon de route"... A desculpa invocada, da má qualidade do sistema de avaliação proposta, não colhe - toda a gente percebeu que a qualidade do sistema de avaliação é um mero (mas bom) expediente táctico para esterilizar todo o processo que começa com o novo Estatuto da Carreira Docente; nunca irá haver um sistema de avaliação excelente (existem dificuldades objectivas que o não permitem - ver aqui) e logo, nunca haverá um modelo de avaliação aceitável para todos os intervenientes no processo. Por outras palavras, qualquer que fosse, quer a qualidade da condução táctica do processo, quer a adequação, a qualidade, a justeza, de um novo modelo de avaliação proposto por um eventual futuro governo do PSD, ele ir-se-ia deparar com as mesmas dificuldades de concretização - a não ser que o que está em causa, seja o PSD considerar que a educação pública é irreformável, ou que não se justifica a diferenciação dos professores/fim da progressão automática na carreira/avaliação.
A frase de MFL, se representa a expressão de uma reflexão (como dizia Luís Delgado na SIC) estruturada, é grave: é o reconhecimento (involuntário) da tese que a democracia está impossibilitada de resolver, pelo menos no curto prazo, dado tipo de problemas políticos - e sabe-se até onde essa convicção de impotência pode levar os países e os sistemas políticos, em situações de crise grave. Se a conclusão é a de não se poder reformar contra as corporações, há que reconhecer (como alguém disse na SIC Notícias) que não se consegue reformar em seu favor, pelo que vai dar tudo ao mesmo: em democracia não se pode fazer nada (o que não verdade no caso deste Governo, e no caso da educação: veja-se aqui). - MFL demonstra, a contrario, que o desempenho político tem especificidades e requisitos para além da competência profissional e qualidades pessoais - os mais cínicos poderão questionar-se mesmo, até que ponto, essas características se poderão constituir como "handicaps" para esse desempenho (não os acompanho). Prova-se, agora, que havia boas razões para manter o silêncio - além da muito boa razão de não conhecer os dossiês (que segundo parece não havia no partido, como manda a boa prática dos partidos na oposição - os partidos do Governo também não os têm nas suas sedes: têm-nos na Administração e nos Gabinetes).
Em todo o caso, um afloramento irritante da assunção do silêncio, por MFL, como instrumento de política - o silêncio pode sê-lo, na mão de gente hábil - é justificar a não apresentação de alternativas de política (e de políticas sectoriais), na base do argumento do Governo poder roubar, copiar, as propostas do seu partido...
Não querendo ir atrás do Miguel Sousa Tavares na defesa de ser dever de cidadania apresentar tais soluções, mais que não fosse, porque o País precisa delas (já), tudo isto é irritante porque é pressuposto que os cidadãos acreditem haver uma dotação limitada de alternativas e de medidas ao dispor dos políticos; é irritante porque, a aceitar isso, o trabalho político da oposição se reduziria à mera apresentação de medidas alternativas concretas (já que só essas são susceptíveis de serem copiadas) - paradoxalmente, necessitando essas medidas de serem apresentadas como propostas de medidas legislativas, tal não seria possível, de acordo com o António Barreto (falando em defesa desta posição do PSD), na ausência da disponibilidade do aparelho administrativo do Estado. A oposição tem pois, de defender a dotação (fraca) de propostas alternativas que dispõe - não a pode malbarratar; tem de impedir a sua utilização pelo Governo -, mas aquilo que dispõe, noutra versão, não seria apresentável porque faltam os meios de operacionalizar essas propostas. Uma implicação desta tontaria toda é que a derrota nas eleições das oposições é duplamente dramática: primeiro, porque perdem as eleições; segundo, porque perdem o acervo de propostas alternativas que foram (lenta, cuidadosa e laboriosamente) arrecadando, para o Governo que continuará em funções: convenhamos, é desgraça em cima de desgraça.
A apresentação de alternativas de governação não se limita a medidas concretas (essas sim, para aceitar a bondade do argumento, mais susceptíveis de serem copiadas), mas a tudo o mais, a nível de concepção estratégica e táctica das diferentes políticas sectoriais e do rumo que se pretende dar ao país. O argumento da possibilidade do roubo é uma desculpa excepcionalmente má para eximir a falta de trabalho técnico-político, por parte das oposições, no aprofundamento não só do que fariam se subissem ao poder mas do conhecimento que têm da realidade do país. Querem um exemplo (citado de memória)?: aquando da inauguração da ligação, por auto-estrada, Lagoa-Ribeira Grande, o PGRAA falou pela primeira vez (?) da importância da eficiência energética, nomeadamente no domínio dos transportes; o PSD criticou na base desse reconhecimento vir tarde - de acordo com a crítica, mas o certo é que o PSD (até onde me apercebo) não foi capaz de, a tempo, apontar a falha e de desenvolver uma alternativa estratégica (para o que não necessitava de apresentar os "planos da pólvora", detalhados ou não, susceptíveis de serem copiados).
A aceitação da "lei" referida acima continua a ter efeitos preversos.
PS (2008.11.21): Esqueci-me de referir um artigo do Correia de Campos que vem a-propósito (ver aqui).
Transparência e legibilidade
É transparência, mas não só: é legibilidade. Uma das primeiras coisas que FD Roosevelt fez, durante a grande depressão, foi usar um dos seus discursos na rádio para explicar como funcionava um banco. Depois desse discurso fechou os bancos durante uma semana para se percorrer os livros e entender qual era a situação real das suas contas. Isto é um exemplo de como é essencial em democracia ter acesso a informação que seja verídica, mas também: que faça sentido, que seja legível, e sobre a qual se possa agir em conjunto.
Temos de exigir que o desenho de informação esteja incluído em cada “objecto” disponível ao público."
- Lido em Desenho de informação at ruitavares.net. Devem ler o artigo todo.
18 de novembro de 2008
Má educação e impudência!
Podem os EUA falir?
As escolhas de Obama e o exemplo de Lincoln
Obama sobre as alterações climáticas
Como foram construídas as Pirâmides do Egipto?
17 de novembro de 2008
Um facto curioso da história dos descobrimentos
Pico do petróleo!
- tirado do Climate Progress » Blog Archive » Robert Hirsch: Peak-a-Boo, I don’t see you?. Não resisti à figura - a notícia não é relevante: constata a tontice (mais uma) de um colaborador de Bush.
A-propósito de sustentabilidade (na pesca)
Gente previdente (II)
says that “California must begin now to adapt and build our
resiliency to coming climate changes through a thoughtful and sensible approach
with local, regional, state and federal government using the best available
science.” The order also requires state agencies that build new transportation
infrastructure, such as roads and bridges, to factor in rising sea levels in
their planning.
The executive order comes a day after the release of a report by a University of California
economist predicting that if the state fails to act, it could suffer tens of
billions of dollars in damage to its real estate, transportation systems and
industries from water, fire and other climate-driven catastrophes by the end of
the century.
Do petróleo e de desperdícios
Referência ao "Notas"
16 de novembro de 2008
(Algumas) das razões do declínio do partido republicano
A entrada no Euro como solução dos problemas financeiros do Reino Unido
Leitura do Expresso desta semana
Uma chamada de atenção
15 de novembro de 2008
Mais algumas sobre a conjuntura económica
- The Crisis & What to Do About It - The New York Review of Books: George Soros fala da crise;
- Is this getting depressing? Free exchange Economist.com: diz-se que "January is a long way away".
- Economist's View: "A Depression Buff's New Course of Study": "Can Bernanke meet the challenge?"
- Economist's View: Shiller: Our Animal Sprits are Weakening: "Robert Shiller says restoring business confidence is the key to economic recovery:"
Economist's View: Paul Krugman: Depression Economics Returns: "Since I've been saying that monetary policy loses its ability to stimulate the economy when we are in a recession for over fifteen years, and since I've been making this point repeatedly since the crisis first began, I can hardly disagree".
PS (2008.11.16): Mais esta sobre as perspectivas económicas na China: China's stimulus package Reflating the dragon The Economist.
Histórias com piada
- "I am going to hang Saakashvili by the balls," Putin told Sarkozy, referring to Georgian President Mikheil Saakashvili. Mr Sarkozy responded: "Hang him?" "Why not? The Americans hanged Saddam Hussein," said Mr Putin. Mr Sarkozy replied, using the familiar "tu": "Yes but do you want to end up like [President] Bush?" Mr Putin was briefly lost for words, then replied: "Ah, you have scored a point there." From Rebecca at FP Passport e lido em Chris Blattman's Blog: Sarkozy stops Putin in his tracks
'There was a little known Russian émigré, Trotsky by name, who during World "War I was in the habit of playing chess in Vienna's Café Central every evening,' Bealer and Weinberg write.... A typical Russian refugee, who talked too much but seemed... a pathetic figure.... One day in 1917 an official of the Austrian Foreign Ministry rushed into the minister's room, panting and excited, and told his chief, 'Your excellency... Your excellency... Revolution has broken out in Russia.' The minister, less excitable and less credulous than his official, rejected such a wild claim and retorted calmly, 'Go away... Russia is not a land where revolutions break out. Besides, who on earth would make a revolution in Russia? Perhaps Herr Trotsky from the Café Central?' The minister should have known better. Give a man enough coffee and he's capable of anything." Grasping Reality with Both Hands: The Semi-Daily Journal of Economist Brad DeLong: Mit Schlag: "gladwell dot com - java man.
14 de novembro de 2008
O novo governo dos Açores
Educação: o momento (II)
13 de novembro de 2008
Reino Unido: a sua situação económica e financeira
A primeira fotografia de planetas extra-solares
"“Every extrasolar planet detected so far has been a wobble on a graph. These are the first pictures of an entire system. We’ve been trying to image planets for eight years with no luck and now we have pictures of three planets at once.”"
- lido em Centauri Dreams » Blog Archive » Exoplanet Images: Two Observational Coups
Reacções (V)
Juntei nesta nota um conjunto de notas e informações que, de um modo ou outro, trazem alguma luz a essa questão:
- Visto Grasping Reality with Both Hands: The Semi-Daily Journal of Economist Brad DeLong: Southern Whites for McCain
Doug Henwood on the share of white vote for McCain:
Alabama 88%
Mississippi 88%
Louisiana 84%
Georgia 76%
South Carolina 73%
Texas 73%
Oklahoma 71%
Arkansas 68%
North Carolina 64%
Tennessee 63%
Kentucky 63%
Virginia 60%
West Virginia 57%
Florida 56%
California 46%
Connecticut 46%
Minnesota 46%
New York 46%
Vermont 44%
Massachusetts 42%
Vermont 31%Outside the "south"--which for these purposes includes Texas, Oklahoma and Florida--McCain lost the white vote.
The Emerging Center-Left Majority The American Prospect.
Open Left:: Red Shift/Blue Shift--A County-Level View:
PS: E ainda este: Link exchange Free exchange Economist.com: "It keeps going and going. America is just getting furiouser and furiouser at the corporate world."